O Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, está previsto para receber, na noite desta sexta-feira (24), o primeiro voo com deportados dos Estados Unidos desde o início do segundo mandato de Donald Trump. A aeronave deve pousar por volta das 20h, trazendo 158 brasileiros que foram deportados do território norte-americano. Ainda não se sabe se os passageiros foram presos durante a gestão do ex-presidente Joe Biden ou já na administração atual de Trump. A Polícia Federal informou que está preparada para a coleta de passageiros e que todos os aeroportos internacionais brasileiros têm capacidade para operar voos desse tipo.
Essa deportação ocorre num contexto de intensificação das políticas de imigração nos Estados Unidos. Nos primeiros dias de sua nova gestão, Donald Trump deu início a uma grande operação que resultou na prisão de 538 imigrantes considerados ilegais e na deportação de centenas deles em aviões militares, segundo a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt. Na postagem na rede social X, Leavitt afirmou que esta é a "maior operação de deportação em massa da história", destacando que o governo está cumprindo as promessas feitas durante a campanha.
Desde que reassumiu a presidência, Trump vem implementando medidas rigorosas contra a imigração ilegal, incluindo decretos de “emergência nacional” na fronteira sul, envio de tropas para reforçar a segurança da região e ampliar as deportações de imigrantes que ele classificou como criminosos. O Congresso, de maioria republicana, aprovou ainda uma lei que estende a prisão preventiva de estrangeiros suspeitos de crimes.
As ações do governo norte-americano geraram críticas de autoridades locais e organizações de defesa dos direitos humanos. O prefeito de Newark, Ras Baraka, denunciou uma operação do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE) em um estabelecimento comercial na cidade, onde agentes teriam detido moradores e cidadãos sem apresentar ordem judicial.
Enquanto os deportados aguardam a chegada em Confins, suas histórias e situações ainda permanecem desconhecidas, mas o episódio reflete o cenário cada vez mais hostil enfrentado por imigrantes nos Estados Unidos sob a administração Trump.
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