As fortes chuvas que atingiram Minas Gerais desde o final de setembro já forçaram 3.553 pessoas a deixarem suas casas, número que dobrou nas últimas 24 horas, segundo dados divulgados pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec). Na segunda-feira (13), eram 1.776 desalojados e desabrigados, mas o avanço dos temporais e os riscos associados, como vulnerabilidades e alagamentos, agravaram a situação em diversas regiões do Estado.
O número atual já supera o total registrado durante toda a temporada anterior de chuvas, quando 2.833 pessoas ficaram desalojadas e outras 399 desabrigadas. A diferença entre as classificações, conforme a Cedec, é que os desalojados procuram abrigo em casas de parentes ou amigos, enquanto os desabrigados sem suporte público.
Entre os municípios mais afetados, Ipatinga, no Vale do Aço, concentram cerca de 500 pessoas fora de suas residências. A cidade foi severamente castigada por deslizamentos de terra e enchentes no último fim de semana, que resultaram na morte de dez pessoas, sendo cinco de uma mesma família. Em resposta, a prefeitura decretou estado de emergência e anunciou um benefício financeiro no valor de um salário mínimo e meio para as famílias que perderam suas casas ou precisaram evacuá-las por razões de segurança.
As autoridades estaduais e municipais intensificaram os alertas para os perigos associados ao solo encharcado. Moradores de áreas de risco devem ficar atentos a sinais de desabamento iminente, como rachaduras no solo e em paredes, trincas em estruturas, água acumulando em locais sem proteção, queda de postes ou árvores.
Quem identificar esses sinais deverá evacuar o imóvel imediatamente e acionar a Defesa Civil municipal. Em situações de emergência, o contato deve ser feito diretamente com o Corpo de Bombeiros, que permanece de prontidão para atender às ocorrências relacionadas às chuvas.
Foto: Gil Leonardi/Imprensa MG
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