A greve dos professores da rede municipal de ensino de Belo Horizonte continua por tempo indeterminado, mantendo paralisadas cerca de 90% das escolas da capital mineira. A decisão foi ratificada nesta terça-feira, 1º de julho, por cerca de dois mil profissionais da educação durante assembleia realizada em frente à sede da Prefeitura, na Avenida Afonso Pena. A paralisação já chega ao 26º dia e segue sem acordo entre a categoria e o poder público.
O principal ponto de impasse é o reajuste salarial proposto pela administração municipal, de 2,49%, percentual considerado insatisfatório pelos professores por estar abaixo da inflação acumulada e do Piso Nacional do Magistério. Além disso, os educadores reivindicam a contratação imediata de novos profissionais, especialmente para as Escolas Municipais de Educação Infantil (EMEIs), a reestruturação das carreiras, a redução do número de alunos por sala e a ampliação do tempo de planejamento pedagógico.
Com o impasse, a Prefeitura de Belo Horizonte e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal (SindRede-BH) participam nesta quarta-feira, 2 de julho, de uma audiência de conciliação para tentar avançar nas negociações. Uma nova assembleia da categoria está prevista para quinta-feira (3), que poderá decidir os rumos da paralisação.
O prefeito Álvaro Damião (União Brasil) afirmou que, mesmo diante da greve, as escolas municipais seriam reabertas para fornecer alimentação aos alunos. No entanto, diretores e professores optaram por manter as unidades fechadas, justificando que não houve tempo suficiente para reorganizar as operações e que a legislação federal exige a oferta de merenda apenas em dias letivos.
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