Segundo os dados apresentados na publicação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), sobre os dados Sondagem Indústria da Construção, referente ao mês de março de 2024, as condições financeiras do setor no primeiro trimestre do ano sofreram um declínio. Os índices de satisfação com a margem de lucro operacional, a situação financeira e a facilidade de acesso ao crédito caíram durante o período, conforme os dados apontados no estudo.
De acordo com o relatório, o índice de satisfação com a margem de lucro operacional registrou uma redução de 2,0 pontos em comparação com o último trimestre de 2023, alcançando 43,6 pontos. Esse resultado, segundo o relatório, mantém o indicador abaixo da linha divisória dos 50 pontos, indicando um aumento da insatisfação com a margem de lucro. Além disso, o estudo aponta que o índice de satisfação com as condições financeiras caiu 3,0 pontos, situando-se abaixo dos 50 pontos, o que demonstra uma transição para a insatisfação com a situação financeira.
A publicação também informa dados sobre o índice de facilidade de acesso ao crédito, que segundo o relatório, diminuiu 0,6 ponto, atingindo 39,7 pontos. O estudo afirma ainda que essa queda indica que os empresários do setor continuam a enfrentar dificuldades no acesso ao crédito, o que pode impactar negativamente as atividades de construção no país.
José Antônio Valente, diretor da empresa de aluguel de equipamentos Trans Obra, afirmou que é preocupante observar que o índice de satisfação com a margem de lucro operacional registrou uma redução de 2,0 pontos em relação ao último trimestre de 2023, permanecendo abaixo da marca de 50 pontos, o que indica uma crescente insatisfação neste aspecto. Além disso, é importante observar a queda de 0,6 ponto no índice de facilidade de acesso ao crédito, o que coloca o indicador em um patamar preocupante de 39,7 pontos. “Vejo como importante que o setor da construção busque estratégias inovadoras e parcerias sólidas para superar as dificuldades financeiras e de acesso ao crédito. Investimentos em tecnologia, adoção de práticas sustentáveis e busca por novos mercados podem ser caminhos promissores para garantir a resiliência e o crescimento futuro da indústria da construção no Brasil”.
O relatório ainda aponta dados que podem ser analisados na íntegra através do link informado no início da matéria, sobre o preço dos insumos, que apresentou uma desaceleração durante o primeiro trimestre do ano. O índice de preço médio dos insumos registrou uma queda de 3,2 pontos, passando de 61,8 pontos para 58,6 pontos, indicando que o aumento dos preços de insumos foi menos intenso e mais restrito.
É possível observar no relatório que, em abril de 2024, o índice de intenção de investimento da Indústria da Construção subiu 2,6 pontos, alcançando o novo número de 43,2 pontos. O estudo aponta que o índice de intenção de investir se distanciou da média histórica, de 37,3 pontos.Sobre o assunto, José Antônio comentou que é importante o crescimento no índice de intenção de investimento entre os empresários do setor. “Investir na aquisição de equipamentos e máquinas de grande e médio porte, na contratação de aluguel de betoneiras ou também locação de outros equipamentos de grande porte, mostra que o setor da construção pode melhorar os resultados apresentados, convertendo as quedas de indicadores em números positivos com o tempo”.
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