Corpo de fotógrafo mineiro desaparecido é encontrado no rio Sena, em Paris após 45 dias de buscas

O desaparecimento do fotógrafo mineiro Flávio de Castro Sousa, de 36 anos, em Paris, teve um desfecho trágico. Seu corpo foi encontrado na Sena do rio no último sábado (4), segundo confirmou o Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) nesta sexta-feira (10). A polícia francesa aponta o afogamento como a probabilidade de causa da morte e não havia sinais de violência no corpo.

Flávio estava desaparecido desde o dia 26 de novembro de 2023. Ele havia viajado para Paris a trabalho e tinha passagem de volta ao Brasil para o mesmo dia de seu desaparecimento. No entanto, apesar do check-in ter sido realizado, ele não embarcou no voo.

As últimas imagens do fotógrafo mostram-no às margens do rio Sena, mas o rastreamento de seus passos foi interrompido devido à falta de continuidade nas gravações das câmeras de segurança. Flávio também foi visto pela última vez no apartamento de aluguel na rue des Reculettes, em Paris.

De acordo com um amigo próximo, Flávio sofreu um acidente e foi atendido no Hôpital Européen Georges-Pompidou no dia 26. Após ser liberado, ele se comprometeu a estender sua estadia no apartamento, mas desapareceu logo em seguida.

Dias depois, o celular do fotógrafo foi encontrado por funcionários de um restaurante, em um vaso de plantas próximo à entrada do estabelecimento. Um funcionário que não falava português atendeu às ligações insistentes da mãe de Flávio e passou o telefone para um colega brasileiro, que explicou a situação.

A família do fotógrafo atuou na embaixada brasileira em Paris, que solicitou apoio da Interpol para as buscas. Apesar dos esforços, incluindo buscas em necrotérios e hospitais, Flávio só foi localizado no último sábado, já sem vida.

Morador de Belo Horizonte, Flávio de Castro Sousa foi formado em Artes Plásticas pela Escola Guignard, da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG), e sócio da empresa Toujours Fotografia. Reconhecido por seu talento, ele viajava frequentemente para Paris a trabalho.

A morte de Flávio deixa familiares, amigos e colegas de profissão em luto, e o caso segue gerando comoção, tanto no Brasil quanto na França. As investigações para esclarecer os detalhes do ocorrido.

Foto: Divulgação