Policiais organizam manifestação hoje na Cidade Administrativa; entenda o motivo

Servidores das forças de segurança de Minas Gerais irão se reunir nesta terça-feira, 30 de abril,  em frente ao Palácio Tiradentes, na Cidade Administrativa, para manifestar sua insatisfação e reivindicar a recomposição das perdas inflacionárias da categoria.

O protesto, marcado para a tarde, irá contar com a presença de policiais militares, civis e penais, bombeiros militares e agentes socioeducativos. Além da correção salarial, os servidores também planejam criticar as mudanças propostas pelo Governo de Estado ao Ipsemg e à previdência dos militares.

De acordo com o Sindicato dos Servidores da Polícia Civil no Estado de Minas Gerais (Sindipol), os salários da categoria estão sem correção inflacionária há 7 anos, acumulando uma defasagem de cerca de 41%. Os servidores afirmam que têm enfrentado dificuldades para estabelecer um diálogo com o Governo de Minas e exigem a abertura de uma mesa de negociação. O sindicato alega que o governo havia se comprometido a realizar uma recomposição inflacionária do salário em três parcelas, mas teria cumprido apenas uma em 2022.

"O governo não abre canal de diálogo, então a gente precisa dessa manifestação. Não é o que a gente queria, a gente queria que ele tivesse cumprido o que ele prometeu lá em 2019 do projeto que ele encaminhou com as três parcelas, uma de 13% e mais duas de 12%, e sendo que ele vetou as duas parcelas de 12%. A polícia civil é abandonada pelo governador do Estado", declarou o presidente do Sindpol/MG, Wemerson Oliveira.

Os servidores ameaçam que, caso o protesto não resulte em uma resposta concreta do governo, tomarão medidas adicionais, como organizar uma audiência pública e possivelmente iniciar uma "operação tartaruga", na qual os policiais cumpririam apenas o essencial da lei, retardando os processos.

"Cada dia mais que passa a gente vê a desmotivação dos policiais, daqui a pouco o Minas Gerais está um caos, literalmente igual ao estado de São Paulo, igual ao estado do Rio, e nunca aconteceu isso na história", afirmou Wemerson Oliveira.