A possibilidade de instalação de pedágios nos trechos da Linha Verde (MG-10) e da MG-424, que ligam Belo Horizonte ao Aeroporto Internacional de Confins, à Serra do Cipó e a cidades como Lagoa Santa, Vespasiano, Pedro Leopoldo e Sete Lagoas, tem causado intensa mobilização entre os moradores da região metropolitana. O projeto, anunciado em novembro pelo Governo de Minas Gerais, gerou preocupações entre trabalhadores e empresários locais, resultando em protestos e campanhas contra a concessão de rodovias à iniciativa privada.
Em Lagoa Santa, um abaixo-assinado com mais de 8 mil assinaturas até a última sexta-feira reflete a indignação da população. Os críticos afirmam que a medida foi apresentada sem consultas públicas e sem avaliar os impactos econômicos e sociais. O principal descontentameto está relacionado ao custo adicional para trabalhadores que dependem do deslocamento diário por essas rodovias. Além disso, há temores de que o pedágio possa prejudicar o turismo local, um importante motor econômico da região. Lagoa Santa, por exemplo, é conhecida por suas belezas naturais e recebe visitantes atraídos pelas grutas, cavernas e pela gastronomia típica.
Os moradores também argumentam que o pedágio poderia estimular o fluxo de turistas para a Serra do Cipó e outras atrações próximas, afetando o setor hoteleiro e de restaurantes, que já enfrentaram dificuldades nos últimos anos devido à pandemia. Um protesto público está marcado para esta semana, movendo-se para iniciar o governo para reavaliar a proposta.
Em resposta anterior a questionamentos semelhantes, a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra) defendeu a concessão das rodovias como forma de investimento para melhorias na malha viária, garantindo mais segurança e melhores condições de tráfego. Contudo, até o fechamento desta edição, o Governo de Minas não se pronunciou sobre as críticas ou os pedidos de diálogo com a comunidade afetada.
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