20°C 26°C
Lagoa Santa, MG
Publicidade

Privatização da Copasa e Cemig gera apreensão de demissões entre servidores

Iniciativa do governo Zema levanta debate sobre empregos, tarifas e qualidade de serviços

25/11/2024 às 11h00
Por: Redação
Compartilhe:
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

O anúncio dos projetos de privatização da Copasa e da Cemig pelo governo de Minas Gerais, protocolados na Assembleia Legislativa (ALMG) no último dia 14, trouxe preocupação aos trabalhadores das estatais. Representantes das categorias alertaram para o risco de demissões, aumento nas tarifas e perda na qualidade dos serviços caso as empresas sejam incluídas à iniciativa privada. A Copasa, com cerca de 9.600 funcionários, e a Cemig, que emprega aproximadamente 4.700 pessoas, estão no epicentro de uma discussão que promete ser intensa e polarizada.

O primeiro passo do governo para viabilizar as privatizações é a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 24/2023, que remove a obrigatoriedade de referendos populares. Eduardo Pereira, presidente do Sindágua-MG, que representa os trabalhadores da Copasa, destacou que experiências anteriores, como a privatização da Cedae, no Rio de Janeiro, e da Sabesp, em São Paulo, resultaram em programas de demissão voluntária e outras cortes de pessoal. Ele alertou que a busca por lucros pode levar à redução no quadro de funcionários, comprometendo a eficiência dos serviços.

O vice-governador Mateus Simões (Novo), que liderou a apresentação dos projetos na ALMG, argumenta que os empregados, regidos pela CLT, não perderão direitos com a privatização. Ele também descarta a possibilidade de aumento de tarifas, uma vez que as companhias são regulamentadas pela Aneel e Arsae. No entanto, as declarações não apaziguaram os temores das categorias.

Segundo Emerson Andrada, coordenador geral do Sindieletro-MG, que representa os trabalhadores da Cemig, a privatização pode levar à substituição de trabalhadores próprios por terceirizados, prejudicando a qualidade do atendimento. Além disso, ele acredita que o movimento tem motivações políticas, através da visibilidade de Simões, considerado pré-candidato ao governo em 2026.

Os sindicatos buscam estratégias para barrar os projetos, incluindo reuniões com a ALMG e o BNDES. Enquanto isso, a XP Investimentos emitiu nota técnica avaliando como projetada a aprovação das propostas, citando o prazo apertado até as eleições de 2026 e a falta de apoio sólido na Assembleia. Apesar do otimismo cauteloso dos trabalhadores, o futuro das estatísticas e de seus funcionários permanece incerto.

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
Lagoa Santa, MG
21°
Neblina

Mín. 20° Máx. 26°

22° Sensação
0km/h Vento
94% Umidade
100% (13.33mm) Chance de chuva
05h08 Nascer do sol
06h23 Pôr do sol
Qui 26° 19°
Sex 29° 17°
Sáb 29° 17°
Dom 30° 18°
Seg 30° 19°
Atualizado às 02h05
Publicidade
Publicidade
Economia
Dólar
R$ 6,04 0,00%
Euro
R$ 6,35 0,00%
Peso Argentino
R$ 0,01 -0,41%
Bitcoin
R$ 619,149,61 +0,67%
Ibovespa
126,139,20 pts 0.72%
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Anúncio