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Cerca de 2,2 mil mulheres em Minas aguardam mamografia pelo SUS, com espera superior a 50 dias

Dados revelam sobrecarga no sistema e destacam a importância da detecção precoce do câncer de mama

31/10/2024 às 13h00
Por: Redação
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Foto: Divulgação
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Mais de 2,2 mil mulheres estavam na fila para realizar mamografias no Sistema Único de Saúde (SUS) em Minas Gerais, de acordo com dados divulgados pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) nesta quinta-feira (31). O exame, fundamental para a detecção precoce do câncer de mama, é crucial para aumentar as chances de um tratamento bem sucedido e minimizar a necessidade de intervenções invasivas. No estado, o tempo de espera pode ultrapassar os 50 dias, revelando a sobrecarga enfrentada pelo SUS.

Santa Catarina liderou o ranking nacional de pacientes com espera de mamografias, com cerca de 17 mil mulheres, seguida por São Paulo, com 15 mil, e Rio de Janeiro, com 12,5 mil. Juntos, esses três estados representam 56% do total de pacientes que aguardam pelo exame no país. O CBR enfatiza que a fila pode ser ainda maior do que os números oficiais sugerem, uma vez que o Sistema de Regulação (SISREG) do Ministério da Saúde, que deveria consolidar as demandas por cirurgias eletivas, depende de informações fornecidas voluntariamente pelas secretarias estaduais e municipal de saúde.

A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) destacou que investiu R$ 77 milhões na aquisição de mamógrafos para 62 instituições em todo o estado. Até julho deste ano, foram realizadas 212.538 mamografias de rastreamento e 33.308 de diagnóstico. O processo para as mulheres inicia na atenção primária à saúde, nas Unidades Básicas (UBS), onde são encaminhadas para a complexidade média. Para aquelas em cidades sem serviço, o encaminhamento é feito para polos microrregionais.

No dia 18 deste mês, o governo lançou o projeto "Saúde Aqui Tem Pressa - Cuidar na Hora Certa", parte do programa estadual de enfrentamento ao câncer. A iniciativa visa reduzir a morbimortalidade associada à doença, promovendo a detecção precoce, o diagnóstico rápido e o tratamento adequado. O Estado destinará cerca de R$ 24,4 milhões em recursos para que as secretarias municipais realizem busca ativa e transporte de pacientes, evidenciando o compromisso com a saúde da mulher e a necessidade de agilidade no atendimento.

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