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BH registra primeiro caso de superfungo Candida auris, infecção resistente e de fácil contágio

Paciente internado no Hospital João XXIII já teve alta, mas segue sendo monitorado; autoridades de saúde adotam medidas preventivas.

29/09/2024 às 17h00 Atualizada em 30/09/2024 às 09h27
Por: Redação
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Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Um caso de infecção pelo fungo Candida auris, conhecido como "superfungo", foi confirmado em um paciente que esteve internado no Hospital de Pronto Socorro (HPS) João XXIII, em Belo Horizonte. A infecção, que é resistente à maioria dos medicamentos e de fácil contágio, foi informada pelas Secretarias de Estado (SES-MG) e Municipal de Saúde (SMSA). O paciente já recebeu alta no último dia 26 e continua sendo monitorado. Detalhes como idade e sexo do paciente não foram divulgados.

 

Segundo a SES, a notificação foi enviada ao Centro de Informações Estratégicas de Vigilância Sanitária (Cievs) e medidas de controle foram tomadas pela Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) para prevenir a disseminação da infecção. Essas ações incluem a realização de testes para identificar novos casos e o isolamento de pacientes suspeitos. A Secretaria Municipal de Saúde informou que a Vigilância Sanitária orientou o hospital sobre as medidas de contenção e está monitorando a situação.

 

O Candida auris preocupa autoridades sanitárias em todo o mundo devido à sua resistência à maioria dos fungicidas disponíveis e à dificuldade em ser identificado corretamente nos exames laboratoriais, muitas vezes sendo confundido com outras espécies de Candida. No Brasil, outros casos já foram registrados, e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) alertou para o aumento desse patógeno, destacando que ele é altamente resistente ao tratamento com fluconazol, anfotericina B e equinocandina, três dos principais medicamentos usados contra fungos.

 

Esse fungo é também capaz de formar uma camada protetora, chamada de biofilme, que torna a infecção extremamente difícil de curar, especialmente em casos de infecção sanguínea, que podem ser fatais. Diferente das infecções causadas pelas outras espécies de Candida, como as candidíases orais ou vaginais, o Candida auris é muito mais agressivo, exigindo maior cuidado nas unidades hospitalares para evitar sua propagação.

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