Um caso de infecção pelo fungo Candida auris, conhecido como "superfungo", foi confirmado em um paciente que esteve internado no Hospital de Pronto Socorro (HPS) João XXIII, em Belo Horizonte. A infecção, que é resistente à maioria dos medicamentos e de fácil contágio, foi informada pelas Secretarias de Estado (SES-MG) e Municipal de Saúde (SMSA). O paciente já recebeu alta no último dia 26 e continua sendo monitorado. Detalhes como idade e sexo do paciente não foram divulgados.
Segundo a SES, a notificação foi enviada ao Centro de Informações Estratégicas de Vigilância Sanitária (Cievs) e medidas de controle foram tomadas pela Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) para prevenir a disseminação da infecção. Essas ações incluem a realização de testes para identificar novos casos e o isolamento de pacientes suspeitos. A Secretaria Municipal de Saúde informou que a Vigilância Sanitária orientou o hospital sobre as medidas de contenção e está monitorando a situação.
O Candida auris preocupa autoridades sanitárias em todo o mundo devido à sua resistência à maioria dos fungicidas disponíveis e à dificuldade em ser identificado corretamente nos exames laboratoriais, muitas vezes sendo confundido com outras espécies de Candida. No Brasil, outros casos já foram registrados, e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) alertou para o aumento desse patógeno, destacando que ele é altamente resistente ao tratamento com fluconazol, anfotericina B e equinocandina, três dos principais medicamentos usados contra fungos.
Esse fungo é também capaz de formar uma camada protetora, chamada de biofilme, que torna a infecção extremamente difícil de curar, especialmente em casos de infecção sanguínea, que podem ser fatais. Diferente das infecções causadas pelas outras espécies de Candida, como as candidíases orais ou vaginais, o Candida auris é muito mais agressivo, exigindo maior cuidado nas unidades hospitalares para evitar sua propagação.
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