O segundo trimestre de 2024 registrou um aumento significativo nas fusões e aquisições de empresas. De acordo com a pesquisa da KPMG, realizada com 43 setores da economia, o Brasil registrou um aumento de 17% em relação ao mesmo período no ano passado, em que foram contabilizadas 365 negociações. Após a queda de 5,9% no primeiro trimestre, as aquisições envolvendo companhias brasileiras subiram, no comparativo do último dado trimestral com igual período do ano passado.
Marcello Guimarães, Presidente da Swot Global, comenta sobre o porquê do aumento de transações no setor. “O aumento no segundo trimestre de 2024 é impulsionado por fatores econômicos e regulatórios favoráveis. A estabilidade econômica global e as taxas de juros baixas facilitam o financiamento de aquisições. As reformas regulatórias têm simplificado e acelerado o processo de aprovação, enquanto a demanda por inovação tecnológica motiva empresas a adquirir capacidades digitais. Esses fatores combinados têm criado um ambiente propício para o crescimento das transações de M&A”, conclui Marcello.
O volume de fusões e aquisições (M&As) de empresas brasileiras voltou a subir e retomou a tendência de recuperação iniciada no segundo semestre do ano passado. O ano de 2024 já apresentava uma crescente em relação a 2023. Assim, o primeiro semestre terminou com 776 transações, 5,3% a mais do que nos seis primeiros meses do ano anterior.
Dentre os setores de destaque, os segmentos de Tecnologia da Informação estão em primeiro lugar nas transações (130), seguido das Empresas de Internet (71) e em terceiro lugar o setor de Telecomunicações e Mídia (11). Foram realizadas 256 operações domésticas entre organizações brasileiras, que lideraram as transações, seguidas de operações de empresas de capital majoritário estrangeiro (95) que adquiriram, de brasileiros, capital daquelas estabelecidas no Brasil.
“Esse aumento nas transações de empresas com capital estrangeiro pode ser atribuído a vários fatores, incluindo a estabilidade econômica recente, reformas regulatórias e a busca por novos mercados emergentes. É possível obter uma diversificação de portfólio, acessando um mercado em crescimento com potencial significativo. Além disso, há diversas oportunidades nos setores emergentes, como tecnologia, energia renovável e infraestrutura, que estão atraindo investimentos devido ao seu potencial de crescimento e inovação”, pontua Hilton Junior, Vice-Presidente da Swot Global.
O estudo realizado pela KPMG só considerou operações acima de R$50 milhões.
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