A onda de calor que atinge Minas Gerais foi ampliada para 364 municípios e agora se estenderá até sexta-feira, 23 de agosto, conforme informou o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). As cidades afetadas incluem as regiões do Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba, Oeste de Minas, Sul e Sudoeste de Minas, Campo das Vertentes, Grande BH, e a região Central Mineira.
Segundo Anete Fernandes, meteorologista do Inmet, a causa da intensa onda de calor é um bloqueio atmosférico. "Esse bloqueio está impedindo que as frentes frias avancem sobre o país, o que mantém o predomínio de céu claro, baixos índices de umidade, e faz com que as temperaturas máximas fiquem muito acima da média", explica Fernandes.
Embora Belo Horizonte não esteja entre as cidades oficialmente em alerta, a capital mineira também registra temperaturas elevadas. Nesta quarta-feira, 21 de agosto, os termômetros podem alcançar 31°C, e na quinta-feira, 22 de agosto, a previsão é de 30°C.
Fernandes esclarece que, apesar das altas temperaturas em Belo Horizonte e outras regiões, a situação não configura uma onda de calor para esses locais. "Uma onda de calor é caracterizada quando as temperaturas ficam pelo menos 5°C acima da média, numa ampla área e por pelo menos três dias consecutivos, como previsto para estados das regiões Sul, Centro-Oeste e Sudeste do Brasil", detalha a meteorologista.
Além de Minas Gerais, estados como Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás, Mato Grosso, Rondônia, e Paraná também devem registrar temperaturas 5°C acima da média até sexta-feira, 23 de agosto.
O alívio para Minas Gerais deve chegar apenas no domingo, quando os efeitos de uma frente fria que começa a atingir o Sul do país neste fim de semana chegarão ao estado. "O tempo começará a mudar no Sul de Minas e na Zona da Mata no domingo, com a chegada da frente fria, o que pode trazer chuvas isoladas para essas áreas. No entanto, a maior parte do estado permanecerá sem chuva", comenta Fernandes.
Apesar de a frente fria impactar o tempo em Minas Gerais no início da próxima semana, seu efeito será menos intenso do que no Sul do país. De acordo com o meteorologista Ruibran dos Reis, os ventos vindos do oceano, como reflexo da frente fria, podem diminuir um pouco as temperaturas no estado, mas não de forma significativa.
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