Ismail Haniyeh, o principal nome do braço político do grupo terrorista Hamas, foi assassinado nesta madrugada durante uma visita a Teerã, no Irã, para a posse do novo presidente iraniano. O próprio Hamas confirmou a morte de Haniyeh em um comunicado oficial. O vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, também estava presente na cerimônia de posse e foi filmado nas proximidades de Haniyeh.
Em uma declaração feita nesta quarta-feira, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, não comentou diretamente a morte do líder do Hamas, mas afirmou que o país tem dado "golpes esmagadores" em aliados do Irã. Apesar de o governo israelense não ter assumido a autoria pela morte, o Líder Supremo do Irã, Ali Khamenei, prometeu "punição severa" para Israel. O novo presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, criticou a ação, afirmando que o Irã "defenderá sua integridade territorial" e que "Israel se arrependerá pelo assassinato covarde".
O porta-voz do governo israelense declarou que "nós não faremos comentários sobre a morte de Haniyeh", mas também afirmou que o país está em alerta máximo para possíveis retaliações por parte do Irã. O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, afirmou que "Israel não quer guerra, mas estamos preparados para todas as possibilidades".
O governo do Irã realizará um funeral para Haniyeh na quinta-feira (1º). No dia seguinte, o corpo do líder do Hamas será enterrado em Doha, no Catar, onde ele residia.
Em resposta às ameaças do governo iraniano, Gallant declarou que Israel está preparado e que cobrará um "preço alto" por qualquer ataque. Os governos dos territórios palestinos -- a Faixa de Gaza e a Cisjordânia -- anunciaram uma greve geral, enquanto o governo iraniano declarou luto de três dias pela morte de Haniyeh.
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