Concessionárias de todo o Brasil estão buscando adotar inovações este ano devido ao Sistema de Gestão de Ativos da Concessão (SIGACO). Um exemplo dessa inovação é a implementação de softwares que estão em conformidade com os requisitos da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Procurando cumprir esses requisitos, a Kartado, empresa de soluções para gestão de rodovias, possui um software projetado para gestão de ativos e serviços de campo, que centraliza informações e busca facilitar a análise de dados para a tomada de decisão.
Um exemplo do uso do software foi durante a duplicação da BR-163, via que atravessa o Mato Grosso, que ganhou destaque em março com a inauguração dos primeiros 15 km entre Diamantino e Nova Mutum, realizada pela concessionária Nova Rota do Oeste (NRO).
O diretor-presidente da NRO, Luciano Uchoa, enfatizou a importância da duplicação para a segurança viária e o desenvolvimento econômico regional. O evento também marcou o início de mais um projeto de duplicação, estendendo-se por 88 km até Lucas do Rio Verde, com um investimento previsto de R$ 670 milhões.
Durante o processo de duplicação, a Nova Rota do Oeste (NRO), concessionária responsável, incorporou o software Kartado, incluindo o uso de Relatórios Diários de Obras (RDO) e os apontamentos.
Esse movimento vai de encontro com as medidas tomadas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) ao longo de 2023, que realizou uma série de reuniões com representantes empresariais para explorar a possibilidade de sistemas digitais no mercado de concessão rodoviária. O foco desses encontros foi aprimorar a gestão, monitoramento e fiscalização das concessões rodoviárias, visando a modernização e a eficiência operacional a partir de 2024.
Outro ponto é que, atualmente, já existem requisitos contratuais relacionados à tecnologia que devem ser seguidos em novos contratos com concessionárias rodoviárias, como o Sistema de Gestão de Ativos da Concessão (SIGACO).
João Fornari, cofundador e diretor da Kartado, explica que, por meio do uso de software, empresas como CCR RioSP estão centralizando dados ano após ano, descrevendo todas as manutenções e intervenções realizadas durante o período de concessão. Além disso, o uso de uma plataforma para a gestão também reduz o tempo gasto com processos manuais e criação de relatórios em Excel.
“Desta forma, além de cumprir a obrigação contratual, o uso da ferramenta busca melhorar a eficiência operacional da companhia para os próximos anos, tanto na concessão CCR RioSP, quanto nas demais concessões que poderão vir a aderir à mesma solução”, diz.
ANTT e SIGACO
Segundo a ANTT, a implementação do SIGACO tornou-se uma obrigação contratual para alguns contratos de concessões, incluindo companhias como a CCR RioSP, Via Brasil BR-163, Eco Rio Minas, Eco Araguaia, IBH Via Araucária e a EPR Litoral Pioneiro.
O SIGACO tem como objetivo gerir ativos de concessão, inventariando bens, melhorando o planejamento e desempenho das intervenções, além de permitir ao Poder Concedente monitorar e fiscalizar com uma base de dados atualizada. Sua implementação, inclusive, poderá ajudar a concessão no Plano de Desenvolvimento BIM e na certificação ISO55000, ressalta o co-fundador e diretor da Kartado.
“Além disso, um dos pilares do SIGACO é a criação de um inventário detalhado e atualizado dos ativos, acompanhado de imagens georreferenciadas, fichas técnicas e projeções de vida útil baseadas em modelos de desempenho. Essa base de dados sistematizada facilita a realização de inspeções e o monitoramento contínuo da qualidade dos ativos. Em novas concessões, por exemplo, as agências reguladoras também estão incentivando a adoção de tecnologias nos contratos, como SIG, BIM, o FreeFlow, câmeras de monitoramento de tráfego, etc”, completa.
Aplicativo Kartado
Fornari explica que o software disponibiliza uma série de funcionalidades que contribuem para um levantamento completo e contínuo desses ativos por incluir a coleta de vídeos ou imagens com localização exata, documentação técnica, estimativas de durabilidade, descrições e registros históricos de verificações, entre outros.
“A ferramenta também conta com a elaboração de registros para todas as inspeções realizadas, documentação do controle sobre a área adjacente e os acessos às vias rodoviárias, gestão da base de dados com referências geográficas, desenvolvimento e atualização de modelos preditivos de desempenho para cada ativo, elaboração de planos e simulações de investimentos futuros, monitoramento contínuo da condição dos ativos, entre outros”, reforça.
Mas, por que fazer gestão de ativos?
Ainda segundo o cofundador e diretor da Kartado, a gestão de ativos nas concessionárias de rodovias traz como principais benefícios a otimização do planejamento e desempenho de intervenções, a redução de custos operacionais, o aumento da segurança viária e a melhoria contínua da qualidade dos serviços.
“Sem a realização da gestão de ativos, as concessionárias enfrentam dificuldades em prever gastos, otimizar recursos e planejar intervenções. Além disso, a ausência de um sistema de gestão integrado impede a criação de um histórico de dados, o que simplifica análises de investimento e até mesmo estudos de novos negócios”, afirma Pedro Fornari, CEO da Kartado.
SIGACO une tecnologia e concessões rodoviárias
O CEO da Kartado enfatiza que a CCR RioSP, ao cumprir com as funcionalidades previstas no SIGACO, se coloca em uma posição de destaque na inovação em gestão de ativos de infraestrutura rodoviária.
“A gestão de ativos beneficia todo o mercado de concessões rodoviárias ao centralizar dados, fazendo-se cada vez mais presente no dia a dia dos profissionais, facilitando a manutenção, planejamento e fiscalização”, conclui o profissional.
Assessoria de imprensa:
Daiane de Souza (0007147/SC)
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