O Instituto Estadual de Florestas (IEF) disponibilizou para consulta a planilha de Pesquisas Científicas autorizadas pelo Instituto a partir de 2017. As Unidades de Conservação cumprem um importante papel na conservação da biodiversidade e de ecossistemas, servindo como grandes laboratórios de pesquisas científicas, buscando a integração entre as pesquisas e a conservação das áreas. Os resultados das pesquisas realizadas nas áreas de preservação são considerados no gerenciamento, zoneamento, projetos e planejamentos das mesmas.
Para o gerente de Criação e Manejo de Unidades de Conservação do IEF, Edmar Monteiro, o laboratório a céu aberto que as unidades de conservação representam para o meio científico é de grande valia para a sociedade.
“As pesquisas científicas representam um importante meio para que o IEF tenha acesso a informações decisivas referentes à biodiversidade presente nesses espaços protegidos. Tais informações são importantes para a conservação do ambiente natural, especialmente nas unidades de proteção integral, mas também para estabelecer o melhor regramento para o uso desses recursos nas unidades de uso sustentável”, explicou.
Pesquisas
As pesquisas científicas são relacionadas aos mais diversos temas, principalmente na área ambiental, e muitas são utilizadas na gestão da unidade de conservação. Uma delas é “A Interpretação Ambiental Aliada ao Geoturismo: Uma Nova Perspectiva Sobre as Cavernas Abertas à Visitação Turística do Circuito do Pião, Parque Estadual do Ibitipoca”, estudo realizado pelos pesquisadores Maria Isidora Rodrigues Lopes, Suzana Fernandes de Paula e Paulo de Tarso Amorim Castro, da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop). A pesquisa teve como foco a valorização do patrimônio geológico por meio da divulgação de informações e ações para o público, ampliando a visão da sociedade em relação à conservação ambiental.
Foram propostos modelos de placas geoturísticas informativas para algumas cavidades, com informações mais detalhadas sobre as cavidades, contexto histórico, a origem da cavidade, suas peculiaridades, orientações de visitação e um croqui da cavidade. Além de fornecer orientações sobre o caminho a ser seguido dentro da cavidade, os produtos apresentam peculiaridades dos locais, fomenta a ação de comportamentos sustentáveis e visa promover o desenvolvimento e a promoção do geoturismo. Essa ação foi incentivada no Plano de Manejo Espeleológico.
Um outro exemplo é o estudo “As Contribuições da Climatologia para Prevenção e Combate a Incêndios Florestais no Parque Estadual Serra do Rola Moça”. A pesquisa sobre o Manejo Integrado do Fogo (MIF) foi realizada pelo pesquisador de doutorado Leonardo Debossan de Oliveira, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
No trabalho, ele desenvolveu uma proposta metodológica para o MIF no Parque Estadual da Serra do Rola Moça, fornecendo dados de análise da climatologia como forma de auxiliar na execução segura e integrada do manejo do fogo, dados sobre os meses que apresentam as melhores condições climáticas para a sua implementação e sobre os estados atmosféricos em que ocorrem os grandes eventos de incêndios florestais. Os resultados demonstraram ainda a eficácia do cálculo do balanço hídrico para diagnosticar o período crítico de ocorrência de incêndios na área de conservação.
Dessa forma, a implementação da estratégia de manejo integrado do fogo visa garantir para o Parque, a conservação dos recursos naturais e a preservação desse valioso patrimônio, em benefício das gerações presentes e futuras.
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