Confusão por valor de cadeiras termina em agressão a turistas em Porto de Galinhas

A Prefeitura de Ipojuca informou que está trabalhando para identificar os comerciantes envolvidos nas agressões contra um casal de turistas de Mato Grosso na praia de Porto de Galinhas, no Litoral Sul de Pernambuco. O episódio aconteceu no sábado (27) e teve início após um desentendimento relacionado à cobrança pelo uso de barraca, cadeiras e guarda-sol na faixa de areia.

Segundo o relato das vítimas, o valor combinado inicialmente pelo serviço foi alterado no momento do pagamento, o que gerou a discussão. A partir disso, a situação evoluiu para agressões físicas, que teriam envolvido um grupo numeroso de pessoas. Vídeos gravados por banhistas e divulgados nas redes sociais mostram cenas de violência, com socos, chutes, uso de cadeiras e arremesso de areia contra o casal.

O empresário Johnny Andrade e seu companheiro, Cleiton Zanatta, relataram que precisaram da intervenção de salva-vidas civis para deixar o local em segurança. Eles foram retirados da área em um veículo de apoio, enquanto os comerciantes tentavam se aproximar. Ambos apresentavam ferimentos e buscaram atendimento médico ainda no mesmo dia.

Em nota divulgada nas redes sociais, a Prefeitura de Ipojuca repudiou o ocorrido, classificando o episódio como grave e incompatível com a imagem turística do destino. A administração municipal afirmou que os órgãos competentes apuram os fatos para identificar os envolvidos e adotar as medidas legais cabíveis, além de destacar a atuação da Guarda Municipal e dos salva-vidas para conter a situação.

O casal também afirmou que enfrentou dificuldades para acessar o atendimento de saúde, tendo que custear deslocamentos por conta própria até unidades médicas, onde passaram por exames e receberam medicação antes de registrar a ocorrência policial. Após o atendimento, eles retornaram à delegacia para recuperar pertences deixados na praia durante a confusão.

A prefeitura informou ainda que vem realizando ações de ordenamento da orla, como recadastramento de trabalhadores, reuniões com barraqueiros e uso de crachás de identificação, medidas que devem ser ampliadas. O caso segue sob apuração, enquanto as vítimas aguardam providências das autoridades.