
A Polícia Civil de Minas Gerais prendeu, em Belo Horizonte, uma cerimonialista suspeita de aplicar golpes em clientes que buscavam serviços para a realização de casamentos. A prisão ocorreu na quarta-feira (17), mas foi divulgada oficialmente nesta quinta-feira (18). De acordo com a investigação, ao menos 18 casais teriam sido lesados, com um prejuízo estimado em R$ 141 mil.
Segundo a Polícia Civil, a mulher era responsável por uma empresa que atuava na organização de eventos e oferecia aos noivos a intermediação de diversos serviços, como buffet, decoração, atrações musicais e outros itens comuns em festas de casamento. A promessa era de que os valores pagos seriam repassados a fornecedores parceiros, o que, conforme apurado, não ocorreu.
As investigações indicam que o dinheiro recebido dos clientes era direcionado para contas bancárias ligadas à própria suspeita e a pessoas próximas, incluindo familiares, companheiro, enteada e ex-funcionários. A polícia também apurou a existência de contratos falsificados e o uso indevido de dados pessoais de funcionários, sem autorização, para formalizar negociações que não se concretizavam.
Entre os serviços que teriam sido vendidos de forma irregular estão cabines fotográficas, atrações musicais, fornecimento de bebidas, geradores de energia, mascotes de times de futebol e itens personalizados, como chinelos para convidados. Conforme a investigação, esses serviços nunca foram contratados junto a fornecedores reais, apesar de terem sido cobrados dos noivos.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, após receber os pagamentos, a investigada encerrou oficialmente as atividades da empresa em outubro deste ano, sem comunicar os clientes. Desde então, os casais relataram dificuldades para obter respostas ou reaver os valores pagos. A cerimonialista foi localizada e presa na residência de um familiar, no bairro Jaqueline, na região Norte da capital.
A prisão foi realizada por equipes da 3ª Delegacia Especializada em Investigação de Fraudes, vinculada ao Departamento Estadual de Combate à Corrupção e a Fraudes. O caso segue em investigação para apurar a extensão dos prejuízos e identificar outras possíveis vítimas.
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