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Operação da PF mira esquema de descontos ilegais no INSS e afasta dirigente do governo

Ação cumpre mandados em seis estados e no DF; secretário-executivo da Previdência é colocado em prisão domiciliar

18/12/2025 às 09h00
Por: Bianca Guimarães
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Foto: Agência Senado
Foto: Agência Senado

A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União deflagraram, nesta quinta-feira (18), uma nova etapa da Operação Sem Desconto, que apura um suposto esquema de descontos irregulares aplicados sobre aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A ofensiva resultou no cumprimento de dezenas de mandados judiciais e no afastamento de um dos principais dirigentes do Ministério da Previdência Social.

Por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), o secretário-executivo da pasta, Adroaldo Portal, foi afastado do cargo e colocado em prisão domiciliar. Ele ocupava a função desde maio e integrava a equipe do então ministro Carlos Lupi, que deixou o comando do ministério após a primeira fase da operação, realizada em abril deste ano.

As ações desta nova fase ocorreram simultaneamente no Distrito Federal e nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Maranhão. Ao todo, foram expedidos 52 mandados de busca e apreensão, 16 de prisão preventiva e outras medidas cautelares. As ordens judiciais foram autorizadas pelo ministro André Mendonça, do STF.

Entre os presos está Romeu Carvalho Antunes, apontado como filho e sócio do empresário Antônio Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, citado nas investigações como um dos principais operadores do esquema. Também foi detido o advogado Éric Fidelis, filho do ex-diretor de Benefícios do INSS André Fidelis, que já havia sido preso em uma fase anterior da apuração.

A operação também teve como alvo o senador Weverton Rocha (PDT-MA), líder do partido no Senado e vice-líder do governo federal, contra quem foi cumprido mandado de busca e apreensão. Adroaldo Portal, afastado do cargo, já atuou no gabinete do parlamentar e ocupou outras funções no Congresso Nacional ligadas a quadros do PDT.

Segundo a Polícia Federal, as investigações indicam que o esquema operou entre 2019 e 2024, com a inclusão indevida de dados em sistemas oficiais para autorizar descontos não consentidos nos benefícios de aposentados e pensionistas. Os crimes apurados incluem inserção de informações falsas em sistemas públicos, organização criminosa, estelionato previdenciário e dilapidação de patrimônio.

De acordo com estimativas apresentadas pelos investigadores, o volume de recursos desviados por meio dos descontos ilegais pode alcançar R$ 6,3 bilhões. As apurações seguem em andamento para identificar todos os envolvidos e dimensionar a extensão dos prejuízos causados aos beneficiários do INSS.

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