
O ex-presidente Jair Bolsonaro precisará ser submetido a uma cirurgia após a realização de exames médicos feitos neste fim de semana, segundo informou sua defesa. A avaliação foi conduzida por uma equipe médica que esteve na Superintendência da Polícia Federal, onde ele se encontra custodiado, e incluiu exames de ultrassonografia autorizados pelo Supremo Tribunal Federal.
De acordo com o advogado João Henrique de Freitas, os exames identificaram a presença de duas hérnias inguinais, condição que, segundo orientação médica, demanda intervenção cirúrgica como forma definitiva de tratamento. A informação foi divulgada pelo defensor nas redes sociais, no domingo, após a conclusão da avaliação clínica.
A hérnia inguinal ocorre quando parte do intestino se projeta por uma área fragilizada da musculatura da virilha. Em muitos casos, o tratamento indicado é cirúrgico, especialmente quando há agravamento do quadro ou risco de complicações, conforme apontado pelos profissionais responsáveis pelo exame.
Ainda segundo a defesa, os médicos também avaliaram a necessidade de outros procedimentos relacionados a sequelas de cirurgias anteriores, o que reforçou a recomendação de internação hospitalar. O período estimado de internação, conforme relatado pelos advogados, varia de cinco a sete dias, a depender da evolução clínica após o procedimento.
A realização dos exames foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, relator dos processos que envolvem o ex-presidente no Supremo Tribunal Federal. A defesa solicitou ainda autorização para que Bolsonaro seja transferido para uma unidade hospitalar privada em Brasília, onde os procedimentos cirúrgicos poderão ser realizados, pedido que aguarda análise.
O tema da saúde de investigados e réus sob custódia tem sido objeto de decisões recentes do STF, incluindo a determinação de perícias médicas em outros casos, com o objetivo de avaliar pedidos relacionados a tratamentos específicos ou eventuais mudanças no regime de custódia.
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