
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), respondeu publicamente às declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após uma provocação feita durante passagem do chefe do Executivo federal por Minas, na última quinta-feira (11/12). Lula ironizou um vídeo no qual Zema aparece comendo banana com casca e sugeriu que poderia promover um curso para ensinar o governador a consumir a fruta de outra forma.
A réplica veio horas depois, em vídeo publicado nas redes sociais de Zema. Nele, o governador afirma que a discussão não deveria se limitar ao episódio da banana e direcionou críticas à gestão federal e a escândalos envolvendo aliados do presidente. “Enquanto Lula se incomoda comigo comendo banana, eu me incomodo muito mais de ver ele na presidência com seu filho sendo acusado de receber mesada de R$ 300 mil por mês do chefe do esquema de corrupção que roubou o dinheiro dos velhinhos do INSS”, disse.
O governador também mencionou o aumento de gastos federais e criticou ações econômicas do governo. Segundo Zema, os mineiros enfrentaram consequências de gestões anteriores, especialmente durante o mandato de Fernando Pimentel (PT). Ele voltou a afirmar que prefeitos chegaram a ficar sem repasses obrigatórios do Estado e disse que sua administração reverteu parte do cenário. “Hoje, graças a Deus e a muito trabalho, já estamos bem melhor e não vamos permitir que Minas volte a ser a terra arrasada que você e a companheirada do PT deixaram no passado”, declarou.
A resposta ocorre em meio ao ambiente político acirrado que antecede a disputa presidencial de 2026, da qual Zema é cotado como pré-candidato. Lula realizou agendas oficiais em Itabira e Belo Horizonte, mas o governador não participou dos eventos, repetindo postura adotada em outras visitas do presidente ao estado.
A ausência gerou reações entre ministros do governo federal. A presidente do PT e ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, classificou a atitude como “errática e até desrespeitosa”. Já o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), afirmou que Zema isolou políticamente o estado por “interesse pessoal”, prejudicando avanços em comparação com outras unidades da Federação. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, mencionou investimentos em hospitais regionais e disse que recursos seguirão sendo destinados a Minas “apesar do governador”.
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