
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro anunciou seu afastamento temporário da presidência do PL Mulher por recomendação médica. A decisão foi divulgada pelo próprio partido, que informou que Michelle enfrenta alterações em sua saúde, agravadas desde a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e pelo que classificou como “injustiças” dirigidas à família. Com isso, o encontro nacional do PL Mulher, previsto para 13 de dezembro no Rio de Janeiro, foi cancelado e deve ser remarcado para 2026.
O afastamento ocorre em um momento de instabilidade dentro do PL. Nas últimas semanas, Michelle protagonizou atritos internos após criticar uma articulação de aliados da sigla no Ceará que defendiam aproximação com Ciro Gomes. Embora dirigentes tenham minimizado o episódio, o desconforto expôs divergências na cúpula e levou os filhos de Bolsonaro a se desculparem publicamente com a ex-primeira-dama.
Paralelamente, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) movimentou o cenário político ao anunciar que seria o escolhido do pai para disputar a Presidência em 2026. O gesto, contudo, desencadeou uma série de recuos e declarações ambíguas. Flávio admitiu a possibilidade de desistir da pré-candidatura mediante um acordo político que resultasse em anistia ao ex-presidente, atualmente preso e condenado por crimes contra a democracia.
O PL afirmou que o afastamento de Michelle é temporário e que seu retorno às funções será reavaliado após o período de licença médica. A sigla concentra esforços para reorganizar sua estratégia eleitoral em meio às turbulências internas e à disputa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tentará a reeleição no próximo ano.
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