
A Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) convocou o secretário de Estado de Educação, Rossiele Soares, para prestar esclarecimentos sobre o tumulto registrado durante o aulão de Inteligência Artificial realizado nesta quarta-feira (19) no Mineirão, em Belo Horizonte. A convocação foi anunciada pela deputada Beatriz Cerqueira, presidente do colegiado, que classificou o evento como um episódio de “caos e desorganização”.
Segundo a parlamentar, o encontro promovido pelo governo estadual não apresentou planejamento adequado e expôs alunos, professores e famílias a riscos. Beatriz afirmou ter recebido diversos vídeos e relatos sobre brigas e descontrole no estádio, enviando o material ao Ministério Público e à Promotoria da Infância e Juventude para investigação. Ela reforçou que a responsabilidade pela segurança era integralmente do Executivo mineiro e cobrou apuração das falhas administrativas.
Antes mesmo do evento, a comissão havia aprovado requerimento solicitando informações ao governo sobre logística, plano de contingência, acessibilidade e uso de recursos públicos. Com a convocação formalizada, Rossiele Soares deverá comparecer à ALMG para responder aos questionamentos dos deputados.
Confusão no Mineirão
O aulão de Inteligência Artificial, organizado pelo Google Brasil em parceria com a Secretaria de Estado de Educação (SEE-MG), reuniu cerca de 30 mil estudantes e professores da rede estadual. Durante a atividade, brigas generalizadas foram registradas nas arquibancadas, com chutes, socos e objetos arremessados, conforme mostram vídeos divulgados nas redes sociais. O governador Romeu Zema (Novo) e o vice Mateus Simões (PSD) estavam presentes no estádio no início do evento.
A situação interrompeu a programação e exigiu atuação de equipes de segurança contratadas e bombeiros civis.
Posicionamento da SEE-MG
Em nota, a Secretaria de Estado de Educação disse lamentar o ocorrido e repudiou atos de violência no evento. A pasta afirmou que o tumulto foi rapidamente controlado e que medidas de segurança haviam sido adotadas previamente. Os estudantes envolvidos receberam atendimento individualizado e serão acompanhados pelo Núcleo de Acolhimento Educacional (NAE). A secretaria informou ainda que instaurará processo interno para apurar responsabilidades.
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