
O Ministério da Saúde confirmou, nesta quarta-feira (5/11), que o número de casos de intoxicação por metanol no Brasil subiu para 60. A atualização consta em boletim epidemiológico divulgado no início da noite. O aumento foi de um caso em relação à última atualização, feita na sexta-feira (31/10). Além dos diagnósticos confirmados, o governo investiga outros 47 casos suspeitos em nove estados. Mais de 700 notificações já foram descartadas após análise laboratorial.
Segundo o balanço, São Paulo concentra a maior parte dos registros, com 47 casos confirmados. Pernambuco contabiliza cinco, o Paraná tem seis, enquanto Mato Grosso e Rio Grande do Sul registram um caso cada. Entre as notificações em investigação, há ocorrências em Pernambuco (24), Piauí (5), Mato Grosso (4), São Paulo (6), Ceará (3), Paraná (2), Bahia (1), Mato Grosso do Sul (1) e Tocantins (1).
O número de mortes atribuídas à intoxicação por metanol permanece em 15, distribuídas entre São Paulo (9), Paraná (3) e Pernambuco (3). Outros oito óbitos seguem sob investigação. De acordo com o Ministério da Saúde, 40 notificações de mortes já foram descartadas após exames toxicológicos confirmarem a ausência da substância no organismo das vítimas.
A pasta informou que, a partir desta semana, os dados sobre casos e mortes relacionadas à exposição ao metanol serão atualizados semanalmente, sempre às quartas-feiras, para permitir uma consolidação mais precisa das informações repassadas pelas secretarias estaduais de saúde.
O metanol é um tipo de álcool de uso estritamente industrial, empregado na fabricação de solventes, plásticos, combustíveis e tintas. Sua ingestão é extremamente perigosa, pois, ao ser metabolizado pelo organismo, transforma-se em substâncias altamente tóxicas, como formaldeído e ácido fórmico. Essas substâncias podem causar danos neurológicos, cegueira e até levar à morte.
Especialistas alertam que o metanol é quimicamente semelhante ao etanol, encontrado nas bebidas alcoólicas comuns, mas não deve ser ingerido em hipótese alguma. Pequenas quantidades já são suficientes para provocar intoxicação grave. O Ministério da Saúde reforça que o consumo de bebidas de origem duvidosa ou vendidas sem registro representa risco elevado à saúde e que a população deve denunciar qualquer suspeita de adulteração às autoridades sanitárias locais.
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