
O número de casos confirmados de intoxicação por metanol no Brasil subiu para 59, segundo boletim atualizado pelo Ministério da Saúde na noite desta quarta-feira (29/10). A substância, usada em produtos industriais e altamente tóxica para o consumo humano, tem sido identificada em bebidas alcoólicas adulteradas. O governo também investiga outros 44 casos suspeitos, enquanto 662 notificações foram descartadas após análise laboratorial.
De acordo com o boletim, São Paulo é o estado com maior número de confirmações, totalizando 46 registros. Pernambuco aparece com cinco casos, seguido pelo Paraná, com seis, e Mato Grosso e Rio Grande do Sul, com um caso cada. Em relação às ocorrências em investigação, Pernambuco concentra o maior número de notificações — 21 ao todo. Outros estados com suspeitas em análise são São Paulo (7), Rio de Janeiro (2), Piauí (5), Mato Grosso (2), Mato Grosso do Sul (1), Paraná (4), Rio Grande do Sul (1) e Tocantins (1).
O total de óbitos confirmados em decorrência da ingestão acidental de metanol permanece em 15. São nove mortes em São Paulo, três no Paraná e três em Pernambuco. Além disso, outras nove mortes seguem sob investigação, sendo três em Pernambuco, duas no Paraná, uma em Minas Gerais, uma no Mato Grosso do Sul e duas em São Paulo. Trinta e cinco notificações de mortes foram descartadas.
Em Minas Gerais, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) investiga a morte de um homem de 48 anos, em Itajubá, no Sul do estado, no dia 14 de outubro. O caso é tratado como suspeita de intoxicação após consumo de bebida alcoólica adulterada.
O metanol é um tipo de álcool utilizado na indústria para a fabricação de solventes, combustíveis, tintas, plásticos e produtos anticongelantes. Apesar de semelhante ao etanol — o álcool presente em bebidas alcoólicas —, o metanol é altamente tóxico. Quando metabolizado pelo organismo humano, transforma-se em formaldeído e ácido fórmico, substâncias que podem causar lesões graves no sistema nervoso, cegueira e até a morte.
A intoxicação pode ocorrer tanto pela ingestão quanto pela inalação do metanol. O Ministério da Saúde reforça que a substância não é destinada ao consumo humano e alerta a população para evitar bebidas de procedência duvidosa, principalmente aquelas vendidas sem rótulo, lacre ou registro sanitário.
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