Belo Horizonte inicia nesta segunda-feira (6) a implantação do sistema de vigilância eletrônica “Muralha BH”, que deve instalar mais de 10 mil câmeras em pontos estratégicos da capital. A iniciativa, anunciada pelo prefeito Álvaro Damião (União Brasil), é inspirada no programa “Smart Sampa”, de São Paulo, responsável pela prisão de cerca de 2 mil foragidos da Justiça no último ano.
Segundo o prefeito, a tecnologia permitirá o monitoramento em tempo real de veículos e pessoas, com capacidade de rastrear carros e motos furtados, além de reforçar a segurança no trânsito, especialmente no Anel Rodoviário, recentemente municipalizado. “A vigilância eletrônica dará suporte à proteção da cidade e aumentará a eficiência da atuação das forças de segurança”, afirmou Damião.
Atualmente, a capital já conta com o programa “Olho Vivo”, que mantém câmeras operando 24 horas principalmente na região central, com imagens enviadas ao Centro Integrado de Operações da Prefeitura (COP-BH), no Buritis, região Oeste. Em 2024, mais de 400 novos equipamentos foram instalados, mas o número total de câmeras em funcionamento não foi informado pela administração.
O modelo que inspirou Belo Horizonte, o “Smart Sampa”, possui cerca de 40 mil câmeras distribuídas pela cidade paulista. De acordo com o secretário municipal de Segurança Urbana de São Paulo, Orlando Morando, o sistema possibilitou prisões de assassinos, estupradores, traficantes e assaltantes. O programa também contribuiu para 3.245 prisões em flagrante, 466 ocorrências envolvendo veículos roubados ou com placas adulteradas e a localização de 90 pessoas desaparecidas.
A Prefeitura de BH informou que os detalhes operacionais do “Muralha BH”, incluindo os locais de instalação e integração com outros órgãos de segurança, serão apresentados durante o lançamento oficial do projeto nesta segunda-feira. A expectativa é que o sistema amplie o controle sobre áreas de maior vulnerabilidade e proporcione respostas mais rápidas a incidentes em toda a cidade.
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