Barragem Grupo é eliminada pela Vale; empresa alcança 60% do plano de descaracterização

A mineradora Vale anunciou, nesta quinta-feira (25/9), a conclusão das obras de eliminação da barragem Grupo, localizada na Mina Fábrica, em Ouro Preto, na região Central de Minas Gerais. A estrutura havia sido construída pelo método a montante, proibido após os rompimentos das barragens de Mariana (2015) e Brumadinho (2019). Com a intervenção, a Vale atingiu 60% do Programa de Descaracterização de barragens a montante.

Segundo a empresa, cerca de 2,5 milhões de metros cúbicos de rejeitos foram removidos, incluindo alteamentos e o maciço principal. A área passará agora por etapas complementares, como reconformação do terreno, implantação de sistemas de drenagem e ações de recuperação ambiental. A Agência Nacional de Mineração (ANM) havia encerrado, em maio de 2025, o nível de emergência da barragem Grupo, emitindo Declaração de Condição de Estabilidade (DCE) positiva após as intervenções realizadas.

A diretora de Descaracterização de Barragens da Vale, Adriana Bandeira, ressaltou que a conclusão da obra representa um passo relevante para a segurança das pessoas e do meio ambiente. “Alcançar 60% de execução do programa reforça a seriedade com que tratamos este tema”, afirmou.

A barragem Grupo é a terceira eliminada no Complexo Fábrica. As estruturas Forquilha I, II e III estão em fase preparatória, com início das obras previsto para 2026. Em agosto, a barragem Forquilha III teve seu nível de emergência reduzido de 3 para 2, e atualmente, a Vale não possui mais nenhuma barragem em nível máximo de alerta.

De acordo com a mineradora, a operação utilizou tecnologias inovadoras, incluindo equipamentos operados remotamente e sistemas de acesso seguro, garantindo a integridade das equipes em áreas de risco. Desde 2019, a Vale já investiu mais de R$ 12 bilhões no programa, com 15 barragens concluídas em Minas Gerais e três no Pará. Todas as estruturas a montante da empresa no país estão inativas e monitoradas 24 horas por dia pelos Centros de Monitoramento Geotécnico (CMGs).

A empresa reforça que a eliminação de barragens a montante cumpre exigências legais e representa um compromisso contínuo com a prevenção de desastres e a proteção das e do comunidades meio ambiente.