O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (23) que espera uma reavaliação, por parte dos Estados Unidos, da decisão de aplicar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. A declaração foi feita após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado.
De acordo com Haddad, a medida teria origem em pressões externas durante o governo de Donald Trump e não se justifica no cenário atual. O ministro classificou a iniciativa como baseada em “desinformação” e destacou que não há embasamento político ou econômico para o tarifaço.
“Eu acredito que, passada essa fase mais aguda do julgamento, com a publicação do acórdão, isso será superado. Não tem fundamento para se manter uma tarifa desse porte contra o Brasil. Só pode ter sido resultado de desinformação”, declarou em entrevista ao ICL Notícias.
O ministro elogiou a postura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), ressaltando que ambos têm conduzido o tema de forma responsável no diálogo com a comunidade internacional. Haddad também afirmou que o impacto imediato vem sendo minimizado pela diversificação dos mercados, com exportações brasileiras redirecionadas para outros países.
Enquanto aguarda um possível reposicionamento dos Estados Unidos, o governo brasileiro mantém tratativas para assegurar que o comércio internacional do país não sofra prejuízos significativos.
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