A Serra do Curral, considerada um dos maiores símbolos naturais de Belo Horizonte, está sob vigilância redobrada da Prefeitura para evitar práticas de mineração ilegal. O reforço na fiscalização ocorre após a deflagração da Operação Rejeito pela Polícia Federal, que investiga um esquema de corrupção e falsificação de documentos ligados à exploração irregular de minério em Minas Gerais.
Durante evento neste sábado (20), no bairro Novo Aarão Reis, na região Norte da capital, o prefeito Álvaro Damião afirmou que a administração municipal acompanha a área diariamente, com equipes da Guarda Municipal em atuação permanente. “É nosso principal patrimônio, nossa querida Serra do Curral. Não vamos permitir que isso aconteça”, declarou.
As ações de monitoramento foram intensificadas no ano passado, depois da suspensão das atividades da Mineração Pau Branco Ltda (Empabra) na região. Segundo a prefeitura, desde então, agentes têm identificado movimentações suspeitas e tentativas de retorno das operações ilegais. No fim de 2024, a empresa formalizou o encerramento de suas atividades na serra.
A Polícia Federal apura a atuação de uma organização criminosa acusada de corromper servidores públicos e forjar licenças ambientais. Entre os indícios levantados, está a falsificação de documentos atribuídos à própria Prefeitura de Belo Horizonte. Um dos casos citados, o chamado projeto “Rancho do Boi”, teria se baseado em uma declaração falsificada para dispensar a necessidade de licenciamento municipal e, assim, permitir a exploração de um terreno de forma irregular.
A administração municipal afirma que manterá o trabalho de fiscalização contínua, em parceria com órgãos ambientais e de segurança, para preservar a Serra do Curral, reconhecida como patrimônio cultural e ambiental da capital mineira.
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