
O ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu alta nesta quarta-feira (17) do Hospital DF Star, em Brasília, após ter sido internado por anemia, alterações renais e problemas respiratórios. Durante a internação, exames patológicos revelaram que duas das lesões removidas da pele do ex-mandatário indicam carcinoma de células escamosas, um tipo de câncer de pele em estágio inicial.
O médico Cláudio Birolini, que acompanha Bolsonaro, explicou que o carcinoma de células escamosas não é o tipo mais agressivo de câncer de pele, mas ainda assim requer atenção médica contínua. As lesões já foram retiradas cirurgicamente, e não será necessário tratamento de quimioterapia. No entanto, o ex-presidente precisará de acompanhamento periódico para monitorar a evolução da pele e prevenir possíveis complicações.
As suspeitas de câncer surgiram ainda em abril, mas a biópsia só foi realizada em setembro, após outros procedimentos médicos. O laudo confirmou a presença de carcinoma “in situ” em duas das oito lesões analisadas. Birolini afirmou que não há risco de retorno das lesões removidas, mas reforçou a importância de acompanhamento contínuo.
Bolsonaro deu entrada no hospital na tarde de terça-feira (16), apresentando soluços, vômitos e queda de pressão. Ele recebeu hidratação endovenosa e acompanhamento médico, sendo monitorado pela equipe e pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Policiais penais acompanhavam a segurança dentro e fora do hospital.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) relatou que o ex-presidente passou por crises intensas de soluço e vômitos, associadas a estresse psicológico decorrente de decisões recentes do Supremo Tribunal Federal (STF). Na semana passada, Bolsonaro e outros sete aliados foram condenados a mais de 27 anos de prisão por liderarem um plano de golpe de Estado.
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