A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS teve de cancelar a reunião desta segunda-feira (15/9) após Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o “Careca do INSS”, desistir de depor ao colegiado. O empresário está preso desde sexta-feira (12/9), acusado de atuar em um esquema de descontos não autorizados em aposentadorias e pensões.
A participação de Antunes era facultativa desde decisão recente do Supremo Tribunal Federal (STF), que permitiu aos investigados optar por comparecer ou não às sessões da comissão. O presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), lamentou a ausência: “Perdemos a oportunidade de ouvir hoje um dos principais investigados nos desvios de recursos dos aposentados. É lamentável, mas a comissão seguirá trabalhando para que a verdade venha à tona e os culpados sejam responsabilizados.”
Antunes é apontado pela Polícia Federal como peça central do esquema de fraudes, sendo suspeito de ter recebido R$ 53,9 milhões por meio de associações fraudulentas. A convocação do empresário era uma das mais aguardadas pelo colegiado, que busca esclarecer o impacto do esquema sobre aposentados e pensionistas do INSS.
A CPMI também mantém agendada outra sessão para quinta-feira (18/9), destinada ao depoimento de Maurício Camisotti, outro empresário preso na mesma operação da PF. Assim como no caso do “Careca do INSS”, a presença de Camisotti também é opcional, seguindo a decisão do STF. A comissão informou que seguirá investigando e articulando novos meios para ouvir os envolvidos no caso, garantindo a continuidade das apurações sobre os desvios no sistema previdenciário.
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