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A Câmara Municipal de Belo Horizonte viveu uma sessão marcada por simbolismos e disputas políticas nesta segunda-feira (8). Vereadores do PT e do PSOL levaram para a sede do Legislativo um boneco com o rosto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), vestido com roupas listradas, algemado e segurando uma placa com a palavra “condenado”. O objeto, no entanto, não chegou a entrar no Plenário Amynthas de Barros, onde ocorria a votação de moções relacionadas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
A iniciativa partiu dos parlamentares Cida Falabella (PSOL), Juhlia Santos (PSOL), Pedro Patrus (PT), Luiza Dulci (PT) e Dr. Bruno Pedralva (PT). O ato faz referência ao julgamento que tramita no STF contra Bolsonaro e outros sete réus, acusados de envolvimento em tentativa de golpe de Estado e de ataques à democracia no contexto dos atos de 8 de janeiro de 2023.
O episódio coincidiu com o início da semana em que a Primeira Turma do Supremo deve avançar na análise do processo. A expectativa é que nesta terça-feira (9) o relator Alexandre de Moraes apresente seu voto, seguido dos demais ministros, na decisão que poderá absolver ou condenar os acusados.
Enquanto isso, no plenário da Câmara de Belo Horizonte, os vereadores discutiam duas moções de caráter oposto em relação a Moraes. Uma delas, de repúdio, foi aprovada e será encaminhada oficialmente ao Supremo. O autor da proposta, vereador Pablo Almeida (PL), justificou o posicionamento mencionando sanções impostas ao ministro pelo governo dos Estados Unidos com base na chamada Lei Magnitsky.
Em contrapartida, uma moção de apoio ao ministro, elaborada pelo vereador Pedro Rousseff (PT), acabou rejeitada pela maioria. O parlamentar, que não compareceu presencialmente à sessão alegando compromissos pessoais, defendia a iniciativa após Moraes ter decretado prisão domiciliar de Jair Bolsonaro por descumprimento de medidas cautelares. Integrantes do bloco petista tentaram adiar a votação, mas não obtiveram sucesso.
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