A Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo (Sefaz-SP) anunciou o afastamento de seis auditores fiscais suspeitos de participação em um esquema de corrupção relacionado à Ultrafarma e à rede Fast Shop. O caso, segundo as apurações, teria movimentado mais de R$ 1 bilhão em propina.
A decisão ocorreu após a abertura de sete processos administrativos disciplinares na última sexta-feira (22). Além dos auditores afastados, a pasta informou que outras 20 apurações preliminares estão em andamento, com foco em indícios de evolução patrimonial irregular e possível enriquecimento ilícito.
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou que não haverá espaço para impunidade dentro da administração pública. “Determinamos o afastamento dos servidores e estamos colaborando com todas as investigações. A punição será rigorosa em todas as esferas para garantir que cada centavo retorne aos cofres públicos”, declarou.
Um dos principais investigados, o auditor Arthur Gomes da Silva Neto, foi exonerado na última quinta-feira (21) e está preso desde o dia 12. Segundo o Ministério Público, ele mantinha contato direto com o fundador da Ultrafarma, Sidney Oliveira, e com o diretor estatutário da Fast Shop, Mário Otávio Gomes.
Como medida imediata, a Sefaz-SP determinou que todos os pedidos de ressarcimento de ICMS-ST passem obrigatoriamente por auditoria fiscal. Um grupo de trabalho, instituído em 15 de agosto, conduz a revisão das regras de conformidade e a reestruturação do processo de ressarcimento, incluindo o uso de soluções tecnológicas e cruzamento automatizado de informações para reforçar a transparência e prevenir novas fraudes.
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