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Mulher agredida com mais de 50 socos fala pela primeira vez sobre ataque do namorado

Samira Khouri quebrou o silêncio e relatou os momentos de terror em que quase perdeu a vida, em crime investigado como tentativa de feminicídio em São Paulo

25/08/2025 às 15h00
Por: Bianca Guimarães
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Foto: Reprodução Fantástico - TV Globo
Foto: Reprodução Fantástico - TV Globo

Mais de um mês após ter sido vítima de uma violenta agressão, a médica Samira Khouri, de 27 anos, quebrou o silêncio e relatou detalhes do episódio que mudou sua vida. No dia 14 de julho, quando comemorava o aniversário, ela foi atacada pelo então namorado, Pedro Camilo Garcia Castro, de 24 anos, em um apartamento alugado em São Paulo. O episódio terminou com a prisão em flagrante do fisiculturista, que agora responde por tentativa de feminicídio.

Segundo as investigações, a agressão durou cerca de seis minutos. Imagens de câmeras de segurança mostram Pedro chegando ao imóvel durante a madrugada e deixando o local minutos depois, com a mão direita fraturada em razão da violência dos golpes. Samira sofreu múltiplas fraturas no crânio e na face, além da perda parcial da visão de um dos olhos. Ela ficou internada em estado grave, passou 12 dias na UTI e precisou de placas de titânio para estabilizar a estrutura óssea do rosto.

A médica afirma que, ao recobrar a consciência durante o ataque, decidiu fingir estar desmaiada como forma de tentar sobreviver. Atualmente, enfrenta sequelas físicas e emocionais, como paralisia facial e dificuldades para caminhar. "Não reconheci a imagem refletida no espelho. Parecia que eu não era mais eu", declarou.

O caso gerou grande repercussão. Em decisão judicial, a prisão de Pedro foi convertida em preventiva, sob a justificativa de que a ação foi marcada por "violência exacerbada" e "brutalidade incomum". Durante a audiência de custódia, a defesa mencionou uso de remédios controlados e anabolizantes, mas o argumento não impediu a manutenção da detenção.

Samira, que hoje segue acompanhada da mãe durante a recuperação, afirma que o episódio simboliza também uma luta por justiça. Ela reconhece que o relacionamento já apresentava sinais de comportamento controlador e agressivo, mas não esperava que chegasse a esse desfecho. Agora, além da reconstrução física, busca força para superar as marcas emocionais de uma violência que quase lhe tirou a vida.

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