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Minas Gerais aprova lei que reconhece cordão para pessoas com doenças raras

Lei sancionada visa dar visibilidade e facilitar o atendimento a pacientes com condições raras em todo o estado.

21/07/2025 às 14h00
Por: Bianca Guimarães
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Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

O Governo de Minas Gerais sancionou a lei que reconhece oficialmente o uso de um cordão de identificação para pessoas com doenças raras. A legislação foi publicada no Diário Oficial no sábado (19/7), e a cerimônia simbólica de entrega dos primeiros cordões ocorreu nesta segunda-feira (21/7), conduzida pelo secretário de Governo, Marcelo Aro.

O cordão é uma fita com desenhos de mãos coloridas sobrepostas por uma silhueta humana. Ele tem o objetivo de facilitar o reconhecimento de pacientes com doenças raras, promovendo maior visibilidade, respeito e inclusão em atendimentos e espaços públicos, como unidades de saúde e filas prioritárias.

Segundo Marcelo Aro, que é pai de uma criança com Síndrome de Cornélia de Lange, o uso do cordão pode contribuir para mais empatia e acolhimento no cotidiano dessas famílias. “A Maria, minha filha, vai usar esse cordão, assim como milhares de crianças em Minas. Mas o efeito real só virá se toda a sociedade entender seu papel na inclusão”, destacou.

A lei também determina que o Estado promova campanhas para divulgar a importância do uso do cordão e distribua os primeiros exemplares por meio de instituições que atendem pessoas com doenças raras. O deputado estadual Zé Guilherme (PP), autor do projeto de lei, reforçou o objetivo da medida: “É sobre garantir dignidade, respeito e salvar vidas.”

Durante a cerimônia, os cordões foram entregues simbolicamente a Anthony, de 10 anos, e Felipe, de 24, ambos com condições raras. Para as famílias, a iniciativa representa um avanço no reconhecimento das dificuldades diárias enfrentadas.

“O diagnóstico do meu filho demorou. O cordão é uma forma de trazer consciência e dar mais visibilidade às nossas crianças”, disse Daniela Pereira, mãe de Anthony, que tem narcolepsia e autismo. Já Ineide, mãe de Felipe, que tem Síndrome de Prader-Willi, vê o cordão como apoio também para os cuidadores: “Facilitar atendimentos é essencial para nossa saúde mental.”

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