Juliana Alves Prado Pereira, de 27 anos, natural de Minas Gerais, morreu na manhã deste domingo (15) após a queda de um balão em Capela do Alto, no interior de São Paulo. A jovem fazia um passeio com amigos e o marido, que sobreviveu à queda. O piloto responsável pela aeronave foi preso em flagrante e, segundo a Secretaria Municipal de Segurança, não possuía licença para operar o balão. A Delegacia de Tatuí conduz a investigação e já indiciou o homem por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
A tragédia ocorreu por volta das 7h50 na Estrada Municipal Vereador Geraldo Portela. O balão transportava 35 pessoas, sendo 33 passageiros, além do piloto e um auxiliar. De acordo com relatos, o condutor tentou pousar em áreas inadequadas diversas vezes antes do impacto. Algumas pessoas foram lançadas da aeronave durante as manobras. Juliana chegou a ser socorrida e encaminhada a um hospital em Sorocaba, mas não resistiu aos ferimentos. A Polícia Civil de São Paulo informou que solicitou exames complementares para verificar se a jovem estava grávida.
Além da falta de licença, a polícia apura se o piloto tinha conhecimento prévio sobre as condições meteorológicas no momento do voo e o tipo de fabricação do balão — se era industrial ou feito de forma caseira. O Instituto de Criminalística e o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) também foram acionados para determinar as causas do acidente.
Juliana era formada pela Universidade do Vale do Sapucaí (Univás), que divulgou nota de pesar pela morte da ex-aluna, que trabalhava como analista de recrutamento e seleção. A queda do balão chocou a comunidade local e reacendeu debates sobre a regulamentação e fiscalização de voos turísticos desse tipo no país.
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