A Embaixada de Israel em Brasília e o Consulado-Geral em São Paulo amanheceram de portas fechadas nesta sexta-feira (13), sem previsão de reabertura. A medida ocorre em meio à crescente tensão internacional após um ataque aéreo israelense ao Irã, ocorrido durante a madrugada, e segue tendência adotada por outras representações diplomáticas de Israel ao redor do mundo, como na Alemanha. Apesar do fechamento físico, não houve até o momento anúncio oficial sobre suspensão dos serviços prestados por essas unidades diplomáticas no Brasil.
O bombardeio realizado por Israel teve como justificativa a acusação de que o Irã estaria desenvolvendo armas nucleares com potencial de serem usadas contra o Estado israelense. Teerã, por sua vez, nega veementemente as alegações e afirma utilizar sua tecnologia atômica exclusivamente para fins pacíficos, como geração de energia. Em resposta à ofensiva, o líder supremo iraniano, Aiatolá Ali Khamenei, prometeu reagir aos ataques que atingiram instalações militares e científicas, provocando a morte de comandantes e técnicos estratégicos do país.
Diante do agravamento da situação, o governo brasileiro, por meio de nota do Ministério das Relações Exteriores, repudiou o ataque, classificando-o como uma "clara violação da soberania iraniana e do direito internacional". O Itamaraty também manifestou forte preocupação com os desdobramentos do conflito e anunciou que está monitorando a situação com atenção.
A Embaixada do Brasil em Tel Aviv, por sua vez, emitiu um alerta consular direcionado à comunidade brasileira que vive ou está temporariamente em Israel. Entre as orientações estão evitar viagens não essenciais ao país, considerar o retorno ao Brasil enquanto a situação não se estabiliza, manter distância das regiões de fronteira e seguir rigorosamente as instruções das autoridades locais de segurança. Reforça-se ainda a importância de manter documentos válidos por pelo menos seis meses e utilizar o aplicativo do Comando de Segurança Interna israelense, o Home Front Command, que emite alertas e recomendações em tempo real sobre eventuais ameaças.
Com o avanço da instabilidade geopolítica e a retaliação prometida pelo Irã, o temor é de que a crise se intensifique e atinja proporções ainda mais amplas, exigindo vigilância constante das autoridades diplomáticas e dos governos envolvidos.
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