Foi condenado a 12 anos e nove meses de prisão, em regime inicialmente fechado, o homem responsável por uma série de crimes cibernéticos praticados contra deputadas estaduais de Minas Gerais. A sentença foi divulgada nesta segunda-feira (12) pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que revelou que o acusado utilizava diversos pseudônimos e técnicas de ocultação digital para dificultar a sua identificação enquanto cometia os atos criminosos.
As investigações apontaram que o réu praticou uma série de delitos graves, como ameaças, injúrias, violência psicológica, denunciação caluniosa, veiculação de imagens íntimas de adolescentes, instigação à automutilação, exibição de símbolos nazistas, além de participação em associação criminosa e corrupção de menores. A ação penal foi conduzida pela 12ª Promotoria de Justiça de Belo Horizonte, com apoio da Polícia Militar e da Polícia Civil.
De acordo com o coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate aos Crimes Cibernéticos (Gaeciber), promotor de Justiça André Salles Dias Pinto, a condenação representa um avanço significativo na repressão aos crimes praticados no ambiente virtual. “A sentença representa um marco no combate aos crimes cibernéticos, demonstrando a efetividade da atuação conjunta do Ministério Público, Polícia Militar e Polícia Civil na identificação e responsabilização dos autores de tais delitos”, afirmou o promotor.
A identidade do condenado não foi divulgada pelas autoridades, mas o MPMG destacou que o caso reforça a importância da denúncia e da investigação de crimes cometidos pela internet, especialmente aqueles com motivações políticas ou que atentam contra a dignidade humana.
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