Minas Gerais figura como o quarto Estado brasileiro mais afetado pelo furto e roubo de cabos de telecomunicações, de acordo com dados divulgados pela Conexis Brasil Digital, entidade que representa as empresas do setor. Em 2023, foram subtraídos do território mineiro um total de 505.541 metros desses cabos em ações criminosas, marcando uma redução de 19% em relação ao ano anterior.
A tendência de queda nos índices de furto e roubo de cabos em Minas Gerais é atribuída, segundo Aluízio Weber, coordenador de infraestrutura da Conexis Brasil Digital, à efetiva articulação entre as operadoras, a entidade representativa do setor e as autoridades de segurança pública. Weber destaca que Minas Gerais, juntamente com os estados do Paraná e Rio de Janeiro, têm demonstrado uma tendência decrescente, resultado direto do trabalho colaborativo entre as empresas do setor e as secretarias de segurança.
O combate a esse tipo de crime envolve uma série de estratégias, incluindo levantamentos de dados georreferenciados e o uso de inteligência para identificar áreas mais vulneráveis. Nesse sentido, a atuação conjunta entre a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MG), as polícias Militar e Civil e a Conexis tem sido fundamental.
Para Weber, é imperativo que haja uma ação coordenada entre os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, em todos os níveis de governo, para aprovar leis que aumentem as penas para esse tipo de crime e também para coibir a receptação do material furtado.
Um dos principais motivos para o furto de cabos é o valor do cobre, que tem grande atratividade no mercado. Em Belo Horizonte, a prefeitura, por meio da BHTrans, adotou uma medida preventiva trocando os cabos de energia elétrica de semáforos por fios sem valor comercial, como forma de combater esse tipo de crime.
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