A primeira votação do Conclave que escolherá o sucessor do papa Francisco terminou sem consenso entre os cardeais na tarde desta quarta-feira (7 de maio), no Vaticano. Por volta das 16h (horário de Brasília), uma densa fumaça preta saiu da chaminé da Capela Sistina, sinalizando ao mundo que nenhum dos 133 cardeais reunidos havia alcançado os votos necessários para a eleição do novo pontífice. A imagem da fumaça, tradicional símbolo do impasse, foi acompanhada com expectativa por fiéis e turistas que se aglomeravam na Praça São Pedro, debaixo de um céu nublado.
De acordo com as regras do Conclave, para ser eleito papa, um cardeal precisa obter o apoio de dois terços dos votantes. O número exato varia conforme o total de eleitores presentes, e, neste caso, são necessários pelo menos 89 votos para definir o novo líder da Igreja Católica. Como esperado para o primeiro dia, apenas uma votação foi realizada. A partir desta quinta-feira (8), o ritmo se intensifica, com até quatro votações previstas ao longo do dia, começando já nas primeiras horas da manhã, pelo horário de Brasília.
Os cardeais permanecem isolados dentro do Vaticano durante todo o processo de escolha, sem qualquer tipo de comunicação com o mundo exterior. O sigilo é absoluto. Celulares e dispositivos eletrônicos são proibidos, e toda a estrutura do Conclave foi pensada para garantir discrição e evitar qualquer tipo de vazamento de informações. O processo só se encerra quando um nome receber a maioria qualificada dos votos.
Apesar de não haver um prazo formal para o fim do Conclave, a tradição recente mostra que a escolha costuma ser célere. Tanto o papa Bento XVI, eleito em 2005, quanto o papa Francisco, escolhido em 2013, foram definidos após dois dias de deliberações.
O mundo agora aguarda a próxima rodada de votações, marcada para esta quinta. Até lá, todas as atenções seguem voltadas à chaminé da Capela Sistina, de onde, a qualquer momento, poderá sair a esperada fumaça branca — sinal de que a Igreja Católica tem um novo líder.
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