Uma carga de 863 quilos de maconha, que teria como destino final a capital mineira e sua região metropolitana, foi apreendida na madrugada da última sexta-feira, 2 de maio, em Formiga, no Centro-Oeste de Minas Gerais. A operação, conduzida em conjunto pela Polícia Civil de Minas Gerais e a Polícia Rodoviária Federal (PRF), representa mais um duro golpe contra o tráfico de drogas no estado. Segundo o delegado Davi Gomes, da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Deoesp), a droga partiu do Paraná e pertencia a uma das grandes facções criminosas em atuação no Brasil.
A investigação aponta que o carregamento, pelo volume e logística envolvida, estava diretamente ligado ao crime organizado. Embora o nome da facção ainda não tenha sido oficialmente divulgado, a Polícia Civil não descarta a participação de grupos de alcance nacional, como o Comando Vermelho, que vêm ampliando sua atuação por meio de estruturas menores espalhadas pelo país.
O motorista da carreta onde a droga foi encontrada foi preso em flagrante durante a abordagem. Sem antecedentes criminais, ele viajava sozinho. O veículo utilizado no transporte não estava registrado em seu nome e, segundo o delegado, pode pertencer a um “laranja” utilizado pela facção para encobrir a operação. Esse tipo de estratégia, de acordo com a polícia, é comum: as organizações criminosas contratam motoristas freelancers e utilizam veículos de terceiros para dificultar o rastreamento das cargas ilícitas.
Além do impacto operacional da apreensão, o delegado destacou o aspecto financeiro da ação, afirmando que a maconha poderia render milhões de reais, dependendo da forma como fosse processada e comercializada. “Essa apreensão representa uma significativa perda para o crime organizado. Nosso foco é justamente esse: atacar o coração financeiro dessas facções, por meio da apreensão de drogas, veículos, dinheiro e bens ligados ao tráfico”, afirmou Gomes.
As investigações continuam com o objetivo de identificar os demais envolvidos na operação criminosa e mapear os canais de distribuição em Minas Gerais. A Polícia Civil reforça que o combate ao tráfico passa também pela desarticulação das redes logísticas e financeiras que sustentam essas organizações.
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