Seis mortes por afogamento e 11 ocorrências são registradas em Minas Gerais durante o Carnaval

Durante os quatro primeiros dias de Carnaval, Minas Gerais registrou seis mortes por afogamento e 11 ocorrências relacionadas a acidentes em águas de cachoeiras, rios e piscinas. O número de vítimas fatais é um alerta para a imprudência e a combinação perigosa de álcool e subestimação das condições físicas das pessoas. As vítimas são, na maioria, homens, com idades entre 28 e 65 anos, e o uso excessivo de bebidas alcoólicas foi um fator determinante nos incidentes. O tenente Elton Assumpção, do Corpo de Bombeiros, explica que a bebida prejudica o equilíbrio e a coordenação motora, aumentando a chance de afogamentos, além de favorecer a desidratação e câimbras.

Outro fator apontado para os acidentes é a imprudência ao nadar em locais desconhecidos e sem a devida preparação física. O uso de "desafios" entre jovens e a falta de consciência entre os mais velhos sobre suas limitações físicas também têm levado a tragédias. O tenente Assumpção afirma que os homens se afogam nove vezes mais do que as mulheres, muitas vezes devido à ousadia e coragem excessiva. A recomendação dos bombeiros é clara: se for consumir álcool, evite entrar na água.

Em relação às crianças, o cuidado deve ser redobrado, já que acidentes podem ocorrer mesmo com pouca água. O tenente alerta para a distração dos pais e o risco das boias infláveis, que podem vazar lentamente sem que ninguém perceba. Em locais como piscinas e cachoeiras, a recomendação é que as crianças estejam sempre sob supervisão direta dos adultos.

Casos recentes mostram a gravidade da situação: em Itabira, um idoso de 65 anos morreu após afundar em um rio durante o Carnaval. Em Bocaiúva, no Norte de Minas, um jovem de 28 anos também morreu afogado ao nadar em um rio com correnteza forte. Além disso, um incidente no Lago de Furnas, em Formiga, deixou uma mulher de 57 anos gravemente ferida após cair da moto aquática. Esses episódios reforçam a necessidade de atenção constante ao ambiente aquático e respeito aos limites pessoais para evitar tragédias durante o feriado.