Os aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que recebem benefícios acima do salário mínimo terão um reajuste de 4,77% a partir de fevereiro de 2025. A correção, baseada no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 2024, foi divulgado nesta sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e reflete a inflação acumulada ao longo do último ano.
O reajuste será aplicado integralmente aos beneficiários que já receberam os pagamentos até 1º de fevereiro de 2024. Para aqueles que obtiveram os benefícios após esses dados, o aumento será proporcional aos meses de concessão.
Com o novo índice, o teto dos benefícios previdenciários passa dos atuais R$ 7.786,01 para R$ 8.157,40. Atualmente, cerca de 12,2 milhões de beneficiários do INSS ganham acima do piso nacional, enquanto apenas 10,6 milhões de pessoas recebem o teto integral.
Os novos valores começarão a ser pagos a partir de 27 de janeiro para aqueles que recebem até um salário mínimo, que será de R$ 1.518 em 2025. Já os beneficiários com pagamentos acima do mínimo terão os valores corrigidos depositados a partir de 3 de fevereiro , seguindo o número final do cartão de benefício, sem considerar o dígito selecionado.
Para consultar os valores atualizados, os segurados podem acessar o site ou o aplicativo “Meu INSS”, além da Central 135.
Apesar da correção pelo INPC, os beneficiários que ganham acima do salário mínimo não terão aumento real, ou seja, não haverá acréscimo superior à inflação. Essa política tem gerado críticas de especialistas, que alertam para o impacto negativo na renda dos anuais que desenvolvem com valores maiores ao longo da vida.
“Estamos falando de uma diferença de 3,3% entre esse universo de aposentados. Quem ganha um salário mínimo terá um reajuste que é quase o dobro de quem ganha acima do mínimo”, explica o advogado previdenciário Rômulo Saraiva. Ele classifica a política de reajuste como injusta, afirmando que ela compromete a renda de quem mais se sacrifica para contribuir com valores maiores.
Os beneficiários podem conferir os valores atualizados pelo site ou aplicativo "Meu INSS". Para acessar o extrato:
A consulta também pode ser feita pela Central 135, informando o CPF e confirmando dados cadastrais.
Fonte: O Tempo
Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
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