O Brasil começou 2025 com um novo valor para o salário mínimo. Desde quarta-feira (1º de janeiro), o salário mínimo passou de R$ 1,518, representando um aumento de R$ 106 em relação ao valor anterior de R$ 1,412. Esse reajuste é composto por uma reposição de 4,84% da inflação dos últimos 12 meses, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), mais um ganho real de 2,5%.
A medida segue a nova regra de atualização do salário mínimo aprovado pelo Congresso Nacional, que estabelece uma vinculação do reajuste aos limites definidos pelo novo arcabouço fiscal. Segundo essa norma, que estará em vigor entre 2025 e 2030, o salário mínimo terá um ganho real que pode variar entre 0,6% e 2,5%.
Com a mudança, o impacto será sentido para 59 milhões de pessoas que recebem valores limitados ao salário mínimo, como trabalhadores formais, trabalhadores autônomos, domésticos, empregados e beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O novo valor também afetará diversas despesas do governo federal, incluindo aposentadorias, pensões, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e o seguro-desemprego, entre outros.
De acordo com estimativas da empresa Tendências Consultoria, uma nova política de reajuste do salário mínimo pode gerar uma economia de R$ 110 bilhões em gastos públicos até 2030, com um impacto inicial de R$ 2 bilhões em 2025. Vale lembrar que, entre 2003 Em 2017, o Brasil teve uma política de reajuste do salário mínimo que gerou um ganho real de 77%, mas essa política foi interrompida entre 2018 e 2022.
O salário mínimo no Brasil foi criado em 1936, durante o governo do ex-presidente Getúlio Vargas.
Mín. 17° Máx. 26°