Uma grande operação desencadeada na manhã desta quarta-feira (11) pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) desarticulou um esquema de fraudes realizadas com cartões de crédito na Grande Belo Horizonte. A operação, nomeada Chargeback, teve como alvo um grupo de criminosos que atuou com empresas de fachada para cometer estelionato. O prejuízo causado pelo esquema da infração é estimado em mais de R$ 3,1 milhões.
As investigações foram iniciadas após denúncias de instituições financeiras sobre irregularidades em transações bancárias. A partir dessas informações, as autoridades descobriram que o grupo criou empresas falsas que emitiam notas fiscais para vendas simuladas de produtos. Após essas transações fictícias, as empresas solicitaram à instituição financeira o pagamento antecipado do valor da venda. Em seguida, os criminosos, se passando por consumidores, entraram em contato com os bancos alegando que não haviam feito as compras, ou que levavam os bancos a cancelar as operações e reembolsar as denúncias fraudulentas.
O MPMG informou que a operação tem como foco investigar os crimes de estelionato, falsidade documental, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Durante a ação, foram cumpridos 12 mandatos de busca e apreensão nas cidades de Belo Horizonte, Contagem, Lagoa Santa, Monte Belo, Ribeirão das Neves e Vespasiano. Além disso, a justiça determinou a indisponibilidade de bens no valor superior a R$ 3,1 milhões e o sequestro de 27 veículos utilizados no esquema.
A operação envolveu um grande aparato de forças policiais e judiciais, contando com a participação de três promotores de Justiça, dois servidores do MPMG, 65 policiais militares e o apoio do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco). A ação foi coordenada pela 5ª Promotoria de Justiça de Ribeirão das Neves, que tem como objetivo interromper práticas criminosas de grande escala que afetam diretamente o sistema financeiro e a segurança das transações digitais.
As investigações continuam para identificar os envolvidos e desmantelar completamente a organização criminosa responsável por esse esquema de fraudes, que colocam em risco a supervisão de transações bancárias e danos financeiros envolvidos.
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