Uma mulher trans, Alana de Jesus, de 28 anos, foi brutalmente assassinada na noite de quinta-feira (5), em um bar localizado na Praça São Sebastião, no centro de Matozinhos, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Reconhecida como uma figura ativa na defesa dos direitos LGBTQIA+ e ex-candidata a vereadora, sua morte gerou uma onda de consternação na comunidade local e nas redes sociais.
De acordo com a Polícia Militar, dois homens em uma motocicleta se aproximaram do local e realizaram diversos disparos contra Alana. Ela estava acompanhada de um amigo no momento do ataque. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, e constatou o óbito assim que chegou ao local. A perícia recolheu cápsulas de munição calibre 40, enquanto a Polícia Civil iniciava as investigações.
A motivação do crime ainda é desconhecida, mas a polícia considera a possibilidade de crime de ódio. Testemunhas disseram que Alana havia recebido ameaças recentemente, algo que ela mesma fez em publicações nas redes sociais. Em uma de suas postagens horas antes do ocorrido, Alana destacou a importância de combater a LGBTfobia, o que agora levanta suspeitas de que sua morte possa estar ligada às denúncias que ela fez.
Alana era uma figura popular em Matozinhos, conhecida por sua coragem em defender a diversidade e a inclusão. Nas eleições legislativas, ela se candidatou ao cargo de vereadora, conquistando respeito entre os moradores por suas ações comunitárias. Sua morte gerou uma onda de homenagens nas redes sociais, com amigos, familiares e seguidores expressando indignação e pedindo justiça.
A Polícia Civil segue em busca de pistas para localizar os autores do crime. Imagens de câmeras de segurança da região estão sendo analisadas, e o anonimato é garantido para quem fornecer informações pelo número 197.
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