A Black Friday, considerada o data mais aguardada do comércio antes do Natal, deve movimentar R$ 2,08 bilhões em Belo Horizonte neste mês de novembro, segundo estimativas da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL-BH). Mesmo representando um aumento discreto de 0,42% em relação ao ano passado, quando os dados geraram R$ 2,07 bilhões, a expectativa dos comerciantes e consumidores é alta. A maior parte das compras deve se concentrar em eletrodomésticos, eletrônicos e móveis, com os consumidores gastando, em média, R$ 947,96, valor que corresponde a quase 70% do salário mínimo.
Uma pesquisa da CDL aponta que os eletrodomésticos lideram o interesse de compra, sendo o foco de 41,2% dos consumidores, seguidos por eletrônicos (30,9%) e móveis (22,1%). Outros itens como calçados, cosméticos e roupas (17,6%), moedas domésticas (5,9%) e acessórios (2,9%) também aparecem na lista de desejos. Para as compras, a maioria pretende pagar à vista, enquanto 44,1% dos clientes planejam usar o cartão de crédito parcelado.
Apesar do otimismo, os dados exigem atenção redobrada para evitar os conhecidos "descontos pela metade do dobro" e golpes praticados por estelionatários. Segundo o Procon da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, acompanhar os preços com antecedência é fundamental para não ser enganado por promoções falsas. Ofertas com valores muito abaixo da mídia devem levantar suspeitas, conforme alerta o coordenador do Procon, Marcelo Barbosa, que orienta a conferência dos preços nos sites oficiais das lojas para garantir a veracidade das promoções.
Além disso, os consumidores precisam se proteger de golpes digitais, que chegam por redes sociais, aplicativos de mensagem e até por telefone, oferecendo valores atrativos que muitas vezes escondem armadilhas. Mesmo com a promessa de grandes descontos, a Black Friday exige cautela para garantir que suas compras realmente sejam compensadas e realizadas de forma segura.
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