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PF prende militares acusados ​​de sequestro planejado e morte de Lula, Alckmin e Moraes

Operação revela plano de envolvimento de forças especiais do Exército e líderes políticos

19/11/2024 às 09h30
Por: Redação
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Foto: Divulgação
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Na manhã desta terça-feira (19), a Polícia Federal prendeu cinco pessoas, incluindo quatro militares do Exército, sob acusação de planejar um golpe de Estado para impedir uma posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ações anulares do Poder Judiciário. O grupo, que fez parte dos chamados “crianças pretos” das Forças Especiais, elaborou um plano batizado de “Punhal Verde e Amarelo”, que previa o sequestro e assassinato de Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

Segundo as investigações, o ataque estava programado para ocorrer em 15 de dezembro de 2022, duas semanas antes da posse presidencial. Os militares foram detidos no Rio de Janeiro, onde estavam em missão de segurança na cúpula do G20. Mandados de busca e apreensão também foram cumpridos em Goiás, Amazonas e Distrito Federal, e os presos incluem o general da reserva Mário Fernandes, ex-integrante do governo Bolsonaro, além de oficiais de alta patente como o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima e os majores Rodrigo Bezerra Azevedo e Rafael Martins de Oliveira.

A PF revelou que o plano detalhava estratégias militares avançadas e previa a criação de um “Gabinete Institucional de Gestão de Crise”, que seria comandado pelos próprios investigados para administrar os conflitos desencadeados pelo golpe. As ações descritas configuraram, em tese, crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.

Entre as medidas determinadas, os presos tiveram passaportes recolhidos, funções públicas suspensas e estão proibidos de entrar em contato com outros investigados. 

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