Na noite da última quinta-feira (14), um hacker de 36 anos foi preso em Jundiaí, São Paulo, durante uma operação da Polícia Civil do Rio Grande do Sul. O homem, identificado como Fernando Curti, estava sendo investigado por ameaças de morte contra autoridades, incluindo o ministro Alexandre de Moraes e deputados da esquerda brasileira, além de propagar mensagens de ódio na internet. Ele também é suspeito de ligação com as explosões que ocorreram na área central de Brasília na quarta-feira (13).
A investigação teve início após a deputada estadual Bruna Rodrigues (PCdoB-RS) denunciar e-mails contendo ameaças de morte, agressões sexuais e ofensas racistas dirigidas a ela e à sua família. Ao rastrear as atividades online do hacker, as autoridades descobriram uma série de outras ameaças que vinham sendo feitas desde 2022. Utilizando um nome falso e se valendo de ferramentas da dark web, Fernando Curti anunciou que estava atentados a bomba contra o Supremo Tribunal Federal (STF) , o Congresso Nacional e até o Aeroporto Internacional de Guarulhos.
Em sua residência, os policiais apreenderam equipamentos eletrônicos como computadores, celulares, tablets e dispositivos de armazenamento. As autoridades também investigam se outras pessoas estão envolvidas nos crimes e se há conexões diretas com o catarinense Francisco Wanderley Luiz, autor das explosões em Brasília.
Francisco Luiz, de 59 anos, foi preso após tentar entrar no STF com explosivos, declarando que mataria o ministro Alexandre de Moraes. Militante da extrema direita e adepto de teorias conspiratórias como o QAnon, ele tinha uma longa ficha criminal e um histórico de candidaturas políticas fracassadas, incluindo uma tentativa de se eleger vereador em Santa Catarina.
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