Parque da Lagoa do Nado permanece fechado após rompimento de represa

O Parque Municipal Fazenda Lagoa do Nado, em Belo Horizonte, segue interditado nesta quinta-feira (14 de novembro) após o rompimento de um talude da represa durante o temporal que atingiu a capital mineira na tarde de quarta-feira (13). Uma forte chuva, considerada pela Prefeitura como um “evento extremo climático”, atingiu o escoamento de grande volume de água, deixando o lago praticamente vazio e afetando a ecossistema local. Equipes da Fundação Municipal de Parques e Zoobotânica trabalham para contabilizar os danos à estrutura e à fauna, mas ainda não há previsão para a reabertura.

De acordo com o presidente da Fundação Municipal de Parques e Zoobotânica, Gelson Leite, a equipe iniciou uma análise completa para verificar o impacto ambiental e estrutural da representação de 22 mil metros quadrados, que continha cerca de 63 milhões de litros de água, equivalentes a 25 piscinas olímpicas. Animais como peixes e cágados, que habitavam o lago, foram severamente afetados, e o levantamento da fauna prejudicada segue em andamento. Alguns animais sobreviventes são resgatados e transferidos para locais seguros, mas o balanço total ainda depende de uma análise mais detalhada, dificultada pela baixa visibilidade durante a noite.

Durante entrevista coletiva, Gelson Leite afirmou que as características naturais do parque, com várias áreas permeáveis, ajudam a minimizar o impacto das águas escoadas, evitando consequências mais graves. Ele também destacou que o parque, com mais de 311 mil metros quadrados de área verde, desempenha um papel essencial na captação de grandes volumes de água. As imagens aéreas do local mostram a representação praticamente vazia após o rompimento.

A Prefeitura de Belo Horizonte atribuiu o ocorrido a um extremo, com 70 milímetros de chuva acumulada em apenas uma hora na região Norte da cidade. Em comunicado, a Defesa Civil comparou a intensidade do temporal com a “chuva de mil anos” que assolou a cidade em janeiro de 2020, ressaltando os riscos crescentes de eventos climáticos extremos.