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STF permite que homens trans registrem filhos como ‘parturiente’ em documento de nascimento

Decisão amplia inclusão no sistema de saúde ao garantir reconhecimento do termo ao lado de ‘mãe’ na Declaração de Nascido Vivo do SUS

18/10/2024 às 11h30
Por: Redação
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Foto: Divulgação
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O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira (17) que homens trans que derem à luz poderão ser identificados como "parturiente" na Declaração de Nascido Vivo (DNV), documento expedido por hospitais e maternidades para registrar o nascimento de bebês. O termo será incluído ao lado de "mãe" nos novos formulários do Sistema Único de Saúde (SUS), garantindo uma nomenclatura neutra para identificar a pessoa responsável por dar à luz.

A medida visa assegurar o direito de homens trans, que mantêm o sistema biológico feminino, ao registro adequado dos seus filhos sem a necessidade de usar termos que remetam exclusivamente ao gênero feminino. Antes dessa decisão, a DNV exigia apenas o preenchimento obrigatório do termo “mãe”, enquanto a inclusão do “pai” era opcional. A mudança permitirá o uso do nome social masculino no campo anteriormente reservado ao registro de uma mãe feminina.

O documento de Declaração de Nascido Vivo, obrigatório em todo o Brasil, é utilizado como identificação provisória do recém-nascido até a emissão da certidão de nascimento. O Ministério da Saúde ficará encarregado de adaptar o layout das DNVs e informar as secretarias estaduais e municipais de saúde sobre a mudança.

Essa decisão do STF também se conecta a uma resolução anterior que garante que pessoas trans, independentemente de sua identidade de gênero, tenham acesso a consultas e exames médicos especializados nos hospitais públicos, sem depender do sexo biológico registrado. Isso inclui, por exemplo, homens trans podendo realizar consultas ginecológicas e mulheres trans e travestis acessando especialidades como urologia e proctologia.

A ação julgada foi protocolada pelo Partido dos Trabalhadores (PT) durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O partido alegou que, após alterarem o registro civil, pessoas trans enfrentavam dificuldades em acessar serviços de saúde específicos, devido às regras que vinculam certas especialidades médicas ao sexo biológico. Com a decisão, o STF assegura maior inclusão e acessibilidade de pessoas trans ao sistema público de saúde brasileiro.

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